Médicos denunciam injustiça e admitem greve

Médicos denunciam injustiça e admitem greve

Referendo do Sindicato Independente dos Médicos apurou "enorme descontentamento" entre profissionais por causa dos cortes nas horas extra.

 

A maioria dos médicos considera injustos os cortes de 50% na remuneração das horas extra e quase oito em cada dez dizem que deixariam de fazer trabalho suplementar se pudessem. Caso os valores não sejam repostos no curto prazo, quase 100% admitem tomar medidas como recusar fazer horas extra e exigir um limite de 200 horas anuais em serviços como urgências, onde têm de estar disponíveis 634 horas por ano, quatro vezes mais do que o limite na função pública.

Estas são algumas das conclusões de um referendo divulgado ontem (dia 25 de Abril) pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM), que depois de ver a reposição dos valores negada no Orçamento do Estado para este ano tem estado a intensificar o protesto. Apenas 32% dos inquiridos admitem não tomar qualquer medida caso os valores não sejam repostos pelo governo.

Questionado pelo i, Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do SIM, admite que perante estes resultados a hipótese de urna greve está em cima da mesa mas mais acções só serão discutidas na próxima reunião do conselho nacional do sindicato, agendada para 20 de maio. Até lá, o SIM espera poder encetar negociações com a tutela, o que aliás tornaram ontem público em comunicado. O sindicato pretende negociar uma reposição já este ano, admitindo que esta possa ser faseada. E não exigirá retroactivos referentes a 2015.

 

Fonte: jornal i, 26 de Abril 2016

26 de abril de 2016

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