Crianças consomem 5 milhões de calmantes

Crianças consomem 5 milhões de calmantes

Um relatório da Direção-Geral da Saúde alerta para a ligeireza com que se fala em hiperatividade infantil e críticos da prescrição dizem que é uma doença "inventada".

 

As crianças portuguesas até aos 14 anos de idade consomem mais de 5 milhões de doses por ano de metilfenidato, um psicofármaco usado para tratar a hiperatividade e o défice de atenção, segundo o relatório 'Portugal - Saúde Mental em Números 2015', da Direção-Geral da Saúde (DGS).

O documento, recentemente divulgado, é claro: ao grupo etário dos 0 aos 4 anos, foram dadas 2900 doses diárias definidas como "calmantes"; o grupo dos 5 aos 9 anos tomou 1 261 933 doses; e dos 10 aos 14 anos 3 873 751 doses. Tudo somado, dá um total de 5 138 584 doses. O metilfenidato está estruturalmente relacionado com as anfetaminas.

O relatório lança o alerta, referindo "a ligeireza com que se fala em hiperatividade infantil, rapidamente transformada em perturbação psicopatológica e, com uma frequência não menos dramática, na prescrição de uma molécula anfetamínica". Este tipo de fármaco – o mais comum é a Ritalina –, é usado para tratar uma doença designada PHDA – Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção, e tem gerado polémica em todo o Mundo.

Os críticos dizem que a PHDA é uma doença "inventada". O país que mais medica as crianças com metilfenidato são os EUA, onde o PHDA é uma doença. Já em França não são prescritos estes fármacos às crianças.

 

Fonte: Correio da Manhã, 2 de Maio 2016 As pessoas não estão disponíveis porque não conseguem assumir mais responsabilidade e mais trabalho. Um médico não consegue fazer três funções", acrescenta o bastonário, referindo que o horário a cumprir seria o noturno, período que os neurologistas do hospital não conseguem assegurar.

 

 

Fonte: Diário de Notícias, 2 de Maio 2016

2 de maio de 2016

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