Paliativos vão seguir doentes nos tratamentos

Paliativos vão seguir doentes nos tratamentos

Duas faculdades de Medicina vão integrar no próximo ano letivo formação em Cuidados Paliativos. Comissão Nacional tomou ontem posse.

 

Os cuidados paliativos vão deixar de ser apenas para quem está em fase terminal. Os doentes vão passar a ter acesso a estes cuidados especializados quando recebem o diagnóstico de uma doença grave, ameaçadora da vida. E depois em consultas enquanto decorrem os tratamentos. Este é um dos objetivos traçados pela Comissão Nacional de Cuidados Paliativos, que hoje toma posse em Lisboa, e se prepara para dar um novo rumo a uma área do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que continua muito carenciada.

“Está demonstrado cientificamente que quando os cuidados paliativos acompanham o doente no diagnóstico e nos tratamentos, a sua qualidade e quantidade de vida melhoram", explicou, ao JN, Edna Gonçalves, diretora do serviço de Cuidados Paliativos do Centro Hospitalar S. João e, a partir de hoje (15 de Junho), coordenadora da Comissão Nacional de Cuidados Paliativos (CNCP).

A abordagem precoce, assim como a disseminação destes cuidados a todos os doentes que necessitam, vai exigir muita formação. Que será a dois níveis: básico e especializado. O primeiro nível, para todos os profissionais de saúde, implica uma ligação estreita às faculdades de Medicina e escolas de enfermagem. No próximo ano, adiantou Edna Gonçalves, as faculdades de Lisboa e do Algarve já vão contemplar cuidados paliativos na formação dos médicos, através de disciplinas ou estágios obrigatórios. A ideia é depois alargar às oito faculdades de medicina. No nível especializado – para os profissionais da área – pretende-se equiparar os paliativos a uma especialização médica (tal como a Pediatria) e de enfermagem.

 

Fonte: Jornal de Notícias, 15 de Junho 2016

15 de junho de 2016

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