Estomatologista, matemático e físico condecorados por Marcelo de Sousa

Estomatologista, matemático e físico condecorados por Marcelo de Sousa

Ordem da Instrução Pública é entregue a Eduardo Veloso, ao médico António de Vasconcelos Tavares e a Luís Oliveira e Silva.

 

O estomatologista e professor universitário António de Vasconcelos

Tavares, agraciado pelo Presidente da República, a par do matemático Eduardo Veloso e do físico Luís Oliveira e Silva, diz-se honrado com a distinção, o grau de grande-oficial da Ordem da Instrução Pública. “É uma grande honra, que aceito com muita gratidão, emoção e, ao mesmo tempo, humildade. Irei juntar-me a uma galeria de grandes nomes do ensino em Portugal e faz-me sentir humilde perante todos os outros.”

Licenciou-se em medicina na Faculdade de Medicina de Lisboa em 1969, especializou-se em estomatologia em 1973 e doutorou-se em 1994. De 1994 a 2000, presidiu à Associação Internacional de Estomatologia. Na Faculdade de Medicina Dentária de Lisboa, impulsionou a investigação em saúde oral. E de 2002 a 2009 foi o director daquela faculdade.

Professor catedrático desde 2000, ocupou cargos na reitoria da Universidade de Lisboa durante 12 anos — primeiro foi pró-reitor, de 2002 a 2009, depois vice-reitor, de 2009 a 2013. Ou seja, até à fusão entre a Universidade de Lisboa e a Universidade Técnica de Lisboa. “Orgulha-me ter coordenado um dos grupos de trabalho que preparou a estratégia para a fusão das duas universidades.”

Para lá da medicina, presidiu à Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (1997-2006) e integrou o Conselho Mundial do Desporto Automóvel da FIA (2001-2013).

Em 2015, ao chegar aos 70 anos, jubilou-se. E publicou o Manual de Urgências em Medicina Oral, que coordenou. Este ano já recebeu o título de professor emérito da sua universidade. “É um pouco melancólico e talvez angustiante atingir o jubilado ainda em pleno vigor intelectual e por se assemelhar a um ocaso ou a uma extrema-unção profissional, apesar de representar o justo prémio do trabalho efectuado e o direito ao repouso”, dizia então no site da Ordem dos Médicos Dentistas. “Clínico espero continuar a ser, enquanto a mente comandar as mãos e estas obedecerem sem hesitações nem tremuras.” Mantém-se a trabalhar numa clínica de Lisboa. “Não tenho o mínimo tremor nas mãos. Está tudo bem”, diz agora, num humor discreto. “Estou muito feliz, ainda por cima a maioria [dos médicos] foram meus alunos. Sou um bocadinho mimado.”

 

 

Fonte: Público, 29 de Julho 2016

29 de julho de 2016

Categorias

Categorias

Arquivo de Notícias

Arquivo