Serviços de urgência são o "nó górdio" das infeções hospitalares

Serviços de urgência são o "nó górdio" das infeções hospitalares

Faltam de boas práticas e há dificuldades para introduzir medidas de prevenção, denuncia o diretor do programa de controlo de infeções.

 

Em Portugal, os serviços de urgência dos hospitais são o "nó górdio" das infeções hospitalares, devido à falta de boas práticas e à dificuldade de introduzir medidas de prevenção, denunciou ontem o diretor do programa de controlo de infeções. Dado o crescimento e gravidade das infeções hospitalares, Paulo Fernandes disse que já se justificava a criação de uma "task force", mas desconhece se vai avançar.

"Há serviços de urgência em que não conseguimos implementar a prática de prevenção de infeções. É a medicina de catástrofe. Quando os nossos serviços funcionam de forma menos correta, é muito difícil implementar medidas de isolamento. O serviço de urgências é um dos maiores problemas que temos identificados. é o 'nó górdio'", afirmou Paulo Fernandes, diretor do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos (PPCIRA), ouvido na Comissão de Saúde a pedido do Bloco de Esquerda.

A falta de unidades de isolamento, de profissionais qualificados e de higiene, bem como a rotatividade e a precariedade dos trabalhadores dos serviços de limpeza são alguns dos problemas identificados pelo responsável do programa prioritário da Direção-Geral da Saúde. Para o médico intensivista, a falta de camas nos hospitais, que leva ao "flagelo das enfermarias com macas", é uma "porta aberta para a infeção hospitalar".

 

Fonte: Jornal de Notícias, 29 de Setembro 2016

29 de setembro de 2016

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