Sindicato quer que doenças crónicas pesem no tamanho das listas de utentes

Sindicato quer que doenças crónicas pesem no tamanho das listas de utentes

Nas últimas semanas, os sindicatos têm-se batido para que a tutela reduza as listas de utentes dos médicos de família, que em 2013 passaram de 1500 para 1900 pessoas. Agora, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) baseado num estudo realizado com o apoio da Universidade do Porto que quantifica diferenças no uso de consultas consoante idade e situação clínica, defende que se deve ir mais longe e afinar o processo de formação das listas com um modelo de "ponderação" dos utentes mais ajustado às necessidades.

Atualmente, já é tida em conta a idade dos utentes, mas o estudo sugere que ter uma ou mais doenças crónicas faz diferença e propõe uma nova forma de cálculo para a formação das listas. O sistema de unidades ponderadas determina que 1900 utentes equivalem a 2358 unidades. Utentes dos O aos 6 anos valem 1,5 unidades; dos 7 aos 64, valem uma; dos 65 aos 74, valem 2. e com idade igual ou superior a 75 anos valem 2,5. A nova análise, que teve por base o uso de consultas em 2016 por 85 mil utentes sugere um maior escalonamento e seria para aplicar num cenário em que os médicos tivessem listas até 1500 utentes. Em última instância, os idosos com diabetes, hipertensão e depressão, e que chegam a usar perto de oito consultas, devem ter, por exemplo, um peso quatro vezes maior na lista dos médicos do que os jovens saudáveis.

 

Fonte: i, 24 agosto 2017

24 de agosto de 2017

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