Foi médico militar em Angola entre 1962 e 1964.
Em 1964 iniciou o internato de Cirurgia Geral dos Hospitais Civis de Lisboa e trabalhou paralelamente nas antigas Caixas de Previdência. Em 1967 tornou-se cirurgião geral nos mesmos Hospitais.
Entre 1968 e 1970 foi cirurgião residente da Equipa do Prof. Doutor Christian Barnard no Hospital Groote Schüur e no Red Cross War Memorial Children’s Hospital, na Cidade do Cabo, África do Sul.
Em 1970 regressa a Portugal e exerce a profissão no Serviço de Cirurgia Cardiotorácica dos Hospitais Civis de Lisboa, nomeadamente no Hospital de Santa Marta, onde também foi inovador na cirurgia cardíaca do adulto, pediátrica e torácica geral, nomeadamente no desenvolvimento da mediastinoscopia e plastia cirúrgica da traqueia, em 1971.
Entre 1979 e 1981 desempenhou o cargo de presidente do Conselho Geral do Hospital de Santa Marta.
Em 1980 foi nomeado chefe de serviço de Cirurgia Cardiotorácica dos Hospitais Civis de Lisboa e, nesse mesmo ano, foi pioneiro em Portugal, no Programa de transplantação Renal do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa, onde trabalhou durante alguns anos.
Entre 1982 e 1996 foi diretor do Serviço de Cirurgia Cardiotorácica dos Hospitais Civis de Lisboa, no Hospital de Santa Marta e, no mesmo hospital, foi coordenador do Programa de Transplantação de Órgãos Torácicos.
Entre 1986 e 1990 foi presidente da Associação Portuguesa de "Pacing" Cardíaco.
Nos anos seguintes foi responsável por várias cirurgias pioneiras em Portugal: efetuou o primeiro transplante "Cardíaco em Paralelo" (1986); efetuou com sucesso a primeira Operação de Jatene (correção anatómica), num recém-nascido, com transposição das grandes artérias (1987); realizou com sucesso o primeiro Transplante simultâneo de Coração e Pulmões em Portugal (1991).
Foi um dos responsáveis pela criação da Medalha de Mérito da Ordem dos Médicos, pela primeira vez atribuída em 1995.
Em 1993 recebe o Prémio Nunes Corrêa Verdades de Faria, na área do “Progresso dos Tratamentos das Doenças Cardíacas", atribuído pela Santa Casa da Misericórdia.
Em 1994 integrou o Grupo de Trabalho para o Estudo e Reprogramação dos Hospitais Civis de Lisboa, assim como do Programa funcional do futuro Hospital de Todos-os-Santos.
Em 1996 foi nomeado delegado à Associação Médica Mundial. No mesmo ano, e até 1999, foi nomeado diretor e presidente do Conselho de Administração do Hospital de Santa Marta e, por inerência integrou o Conselho de gestão Estratégica dos Hospitais Civis de Lisboa.
Entre 1999 e 2001 desempenhou funções de presidente do Conselho Nacional de Ética e Deontologia da Ordem dos Médicos.
Foi fundador da Associação dos Antigos Alunos da Faculdade de Medicina de Lisboa, em 1999, cargo que manteve até 2006.
Entre 2000 e 2003 foi presidente da Fundação Portuguesa a Comunidade Contra a Sida.
Entre 2001 e 2003 foi vice-presidente do conselho médico da Net Saúde.
Recebeu várias distinções: medalha de Ouro de Serviços Distintos do Ministério da Saúde (1998); Medalha de Mérito da ordem dos Médicos (2000); Medalha de Ouro da Autarquia de Oeiras (2001).
Fontes
Certidão de nascimento
Ficheiros Individuais da Ordem dos Médicos
Bibliografia
Associação dos Antigos Alunos da Faculdade de Medicina de Lisboa, consultado em https://aaafml.files.wordpress.com/2012/01/cv-rsb.pdf
«Memória. Rui Bento», Medi.com Boletim Informativo da Secção Regional do Sul da Ordem dos Médicos, ano 14, n.º 189, setembro 2014, pág. 22.