Governantes suspeitos por buraco na ADSE

Governantes suspeitos por buraco na ADSE

Mais uma auditoria à ADSE termina com indiciação de dois ex-secretários de Estado

e um dirigente. Transferência para a região da Madeira vista como financiamento público.

 

Dois ex-secretários de Estado e o diretor-geral da ADSE poderão ter de devolver ao Estado - do seu próprio bolso - cerca de 36 milhões de euros. Os três foram indiciados pelo Tribunal de Contas (TdC) por eventuais infrações financeiras na transferência de verbas do subsistema de doença da Função Pública para a Administração Regional da Madeira. Ou seja, por, no entendimento dos juízes, utilizarem as contribuições dos trabalhadores do Estado para financiar o Estado.

Os ex-secretários de Estado do Orçamento, Hélder Reis, e da Saúde, Manuel Teixeira, e o diretor-geral da ADSE, Carlos Baptista, foram indiciados pelo TdC para responderem por infrações no valor de 36 milhões. Em causa está uma transferência de cerca de 30 milhões da ADSE, no final de setembro de 2015, para pagar "a dívida do Serviço Regional de Saúde da Madeira". Para o tribunal, os funcionários públicos não têm de pagar os serviços públicos de saúde, uma vez que já o fazem através dos impostos.

A isto acrescem seis milhões de contribuições devidos à ADSE. Os três visados recusam a suspeição. Ao CM, Hélder Reis confessou estar triste com a acusação e garantiu ter a "consciência tranquila". Já Carlos Baptista não respondeu até à hora de fecho desta edição.

 

Fonte: Correio da Manhã, 15 de Junho 2016

15 de junho de 2016

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