Entre 200 e 300 médicos não terão vaga para especialidade, calcula bastonário

Entre 200 e 300 médicos não terão vaga para especialidade, calcula bastonário

O contingente de médicos sem especialidade está a aumentar de ano para ano. Pelo terceiro ano consecutivo, um número substancial de jovens médicos não vai ter vaga para fazer a formação específica, depois de terminar o curso de Medicina e completar o ano comum. Apesar de o total de capacidades formativas identificadas pela Ordem dos Médicos ser o maior de sempre (1719, mais 39 do que no ano passado, de acordo com o mapa provisório a que o PÚBLICO teve acesso), tudo indica que o número de jovens médicos sem acesso a vaga para a formação complementar vai superar em muito o dos dois últimos anos.
Os números são reveladores: foram 2466 os jovens médicos formados em Portugal e no estrangeiro que fizeram a prova nacional de seriação (que serve para ordenar os candidatos à formação especializada); ficam, assim, 747 de fora. E é cada vez maior o número de médicos formados no estrangeiro que se candidatam a fazer a especialidade em Portugal. Foram 392 este ano, a maior parte dos quais são portugueses que fizeram o curso de Medicina em países como a República Checa e Espanha.
Mas estas contas não são lineares. Como todos os anos muitos desistem, preferindo aguardar mais um ano para melhorar a nota, ou optam por emigrar para fazer a especialidade fora do país, o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, calcula que, se as desistências e saídas se mantiverem ao mesmo ritmo, entre 200 e 300 jovens médicos vão juntar-se ao cada vez maior contingente de médicos ditos “indiferenciados”.

Fonte: Público, 19 de abril 2017

19 de abril de 2017

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