Terminou o 27º Congresso Nacional da Ordem dos Médicos (CNOM) que contou com dois dias de trabalho intensivo de discussão, num vasto conjunto de sessões, sobre a inteligência artificial e a complexidade de influências previstas para a Medicina.
Nos dias 22 e 23 de novembro, especialistas desta área e médicos reuniram-se no auditório da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa para debater os aspetos técnicos e éticos, com vista a começar a preparar o futuro.
Para fechar o evento, o Bastonário da Ordem dos Médicos (OM) e Presidente do 27º CNOM, Carlos Cortes, o Presidente do Conselho Regional do Sul e Presidente Executivo do congresso, Paulo Simões, e a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, estiveram presentes na sessão de encerramento.
Carlos Cortes referiu que se passaram dois dias de debate intenso de reflexão, discussão, ideias e opiniões sobre um tema que “está a ocupar a maior parte da atividade humana” – A inteligência artificial (IA), “com principal incidência sobre a saúde”. O dirigente qualificou, ainda, o 27º Congresso Nacional da Ordem dos Médicos como “um marco na história da OM”.
Desta discussão, o Bastonário concluiu que foi feita uma “avaliação positiva sobre o apoio e benefícios da IA na Medicina”, sublinhando que “a inteligência artificial pode ter um espaço muito importante na prestação de cuidados de saúde”. Carlos Cortes lembrou também a “necessidade da participação da comunidade médica e científica” e que o mais importante é o bem-estar das pessoas.
Por fim, Carlos Cortes apelou à ministra da Saúde uma ação rápida no âmbito de uma melhoria significativa no sistema de saúde.
Por seu turno, Paulo Simões manifestou a sua satisfação ao chegar ao fim do congresso e ver que “tudo o que tinha sido projetado em termos de desafios e de discussão foi alcançado”. O dirigente do CRS questionou, ainda, o papel da Ordem dos Médicos na revolução tecnológica atual, que é a inteligência artificial.
Já Ana Paula Martins começou por reconhecer o trabalho de todos os médicos e sublinhou que acompanha o percurso da OM “associado a grandes processos no acesso e qualidade da saúde, de grande preocupação e reflexões sobre o setor, procurando olhar para o futuro e aprendendo tanto com o passado como com o presente”.
Também a ministra da Saúde referiu que “é muito importante” que a comunidade médica e científica “não fique de fora da revolução da IA”, principalmente porque esta ferramenta, apesar de não ser “a salvação do setor da saúde” pode ser um grande suporte. Contudo, garantiu, “nunca substituirá o que é mais importante: Os recursos humanos”.
Ana Paula Martins explicou, ainda, que é obrigatório avaliar os problemas da Medicina e da saúde, bem como encontrar soluções para os problemas, nomeadamente no Serviço Nacional de Saúde (SNS), integrando “verdadeiramente” este sistema nessa resolução. A ministra defendeu também a necessidade de o SNS “voltar a ser atrativo para trabalhar”.
Nesse sentido, Ana Paula Martins demonstrou disponibilidade e vontade para agir no sentido de melhorar a situação da saúde em Portugal.