Cancro da mama – redes no cuidar

Cancro da mama – redes no cuidar

A Associação Unidas para Vencer promoveu um debate sobre a vivência da mulher com cancro da mama – Redes no Cuidar –, com a presença do presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos e o auditório da Nova Medical School do Hospital de S. Francisco Xavier cheio.

Este encontro, que decorreu no dia 30 de outubro (Dia Nacional da Prevenção do Cancro da Mama), reuniu médicos, enfermeiros, auxiliares de saúde e mulheres que têm vivido com cancro da mama, com o propósito de ser “um espaço de partilha, emoção e esperança, onde se celebra a força da mulher e se promove a inovação nos cuidados oncológicos”, tal como o definiu a própria associação.

Um dos intervenientes foi Paulo Simões, presidente do CRS, que defendeu a necessidade de montar um sistema de cuidados integrados, muito importantes para ultrapassar uma fase em que as doentes têm falta de indicações que possam ser-lhes úteis.

O dirigente considerou que os cuidados a prestar devem ser “cada vez mais transversais”, de forma a permitir a disponibilidade de “vários interfaces”. De resto, defendeu também a importância de se perceber “as dificuldades com que o doente se depara, uma vez que há dificuldades na entrada, há dificuldades na progressão e também no acompanhamento”.

Para Paulo Simões, a Ordem pode ter um papel de “sensibilização para a necessidade de os cuidados serem transversais e multidisciplinares, mas que incluam também a própria sociedade, que tem as suas responsabilidades e, por isso, deve ser integrada neste percurso dos cuidados aos doentes”.

O evento Cancro da Mama – Redes no Cuidar contou com uma vasta mesa de participantes e uma ainda mais vasta plateia de assistentes, para debater a importância das redes de apoio no percurso de cuidados, desde o diagnóstico até à reabilitação física e emocional.

A sessão foi moderada por Isabel Moiçó e teve a presença de representantes do Ministério da Saúde e da Câmara Municipal de Oeiras, entre outras entidades do setor da saúde e da comunidade. O encontro procurou destacar a relevância da articulação entre serviços de saúde, estruturas comunitárias e associações de doentes, reforçando o papel da cooperação e da proximidade no apoio às pessoas com cancro da mama.

A organização foi da Associação Unidas para Vencer, cuja presidente é a enfermeira Maria do Céu d’Oliveira Martins que encerrou a sessão, depois de o cirurgião Francisco d’Oliveira Martins ter declamado um poema da sua autoria dedicado ao tema. Os organizadores contaram com o apoio de diversas instituições parceiras. A Unidas Para Vencer sublinha também, com a organização deste evento, a importância da articulação entre cuidados de saúde primários, hospitalares e hospitalização domiciliária, mostrando como a hospitalização domiciliária oncológica pode transformar vidas, aproximando cuidados e garantindo conforto e dignidade. Venha conhecer histórias inspiradoras, trocar experiências inovadoras e participar num diálogo que desafia barreiras e constrói redes sustentáveis de cuidado. Juntas, podemos fortalecer a rede que cuida, apoia e transforma.

Para além da participação de muitos profissionais de saúde, a iniciativa contou com os testemunhos de várias doentes de cancro da mama que relataram experiências positivas e negativas, que ajudam a perceber melhor o rumo que deve ser dado ao tratamento.

Antes do debate foi inaugurada uma exposição alusiva à temática e houve um momento musical de fado com a voz de Maria da Graça Ribeiro.

31 de outubro de 2025

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