O serviço de Cirurgia do Hospital Fernando Fonseca, está a ultrapassar a grave crise que se instalou há cerca de dois anos, com o regresso de especialistas e da idoneidade formativa que a Ordem dos Médicos já aprovou, depois de um trabalhoso processo em que o Conselho Regional do Sul se empenhou decisivamente, apoiando o Colégio da Especialidade.
Esse empenho foi sublinhado pelo Bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, numa visita ao hospital, que decorreu no dia 9 de setembro, com foco na Cirurgia, mas também na Urgência e na Ortopedia.
Luís Campos Pinheiro, tesoureiro do Conselho Regional do Sul, e Fernando Pereira, presidente do Conselho Sub-regional de Grande Lisboa, ambos muito envolvidos no processo de reabilitação do serviço, acompanharam o Bastonário da Ordem dos Médicos nessa visita.
Numa reunião com a administração e membros da direção clínica, no início da visita, Carlos Cortes destacou o empenho do Conselho Regional do Sul na resolução de um problema que exigiu uma colaboração muito próxima com o hospital.
Luís Campos Pinheiro recordou, na circunstância, as reuniões que decorreram no hospital, na Ordem e até no Ministério da Saúde, que acabaram por ter sucesso com o regresso de muitos dos especialistas que tinham decidido abandonar o serviço na sequência de uma notícia que há cerca de dois anos colocou os cirurgiões em situação muito desconfortável, com a divulgação de informações internas do serviço.
De resto, também os cirurgiões da unidade hospitalar aproveitaram o momento para agradecer o empenho da Ordem dos Médicos – o que foi corroborado pela administração – na resolução dos problemas que os afetaram, sublinhando o papel da instituição na defesa dos especialistas em causa e na procura de soluções eficazes.
Em conversa com os colegas, o Bastonário, Carlos Cortes, reforçou que a OM continuará a estar disponível para ouvir e apoiar todos os colegas, independentemente da sua especialidade ou do setor em que trabalhem.
Para além do contacto com a Cirurgia, a visita permitiu ouvir diretamente os médicos, incluindo os internos, recolhendo testemunhos sobre as condições em que se está a exercer medicina e os principais desafios que os mais jovens enfrentam nesta fase inicial e decisiva da carreira.
A deslocação teve igualmente como objetivo compreender de que forma o novo Hospital de Sintra está a ser integrado na dinâmica da ULS. A Ordem dos Médicos quis conhecer no terreno como está a decorrer este processo e de que modo a nova unidade hospitalar se articula com as restantes estruturas de saúde da ULS, garantindo resposta às necessidades da população e quais as condições de trabalho para os médicos.