Em dois anos, 27 mulheres morreram na sequência da gravidez

Em dois anos, 27 mulheres morreram na sequência da gravidez

Taxa de mortalidade materna continua em níveis elevados. "Assunto da maior gravidade" que deve ser cientificamente estudado, alerta a Ordem dos Médicos.
A taxa de mortalidade materna continua em níveis elevados. Em 2019, morreram 12 mulheres por complicações da gravidez, parto ou puerpério. São
menos três óbitos face a 2018, ano com número recorde de mortes maternas - 15 -, obrigando as autoridades de saúde a criarem uma task force para avaliar a situação.
Em dois anos, contam-se 27 óbitos, com 2018 e 2019 a responderem pelas piores taxas de mortalidade materna desde 1990. Respetivamente, 17,2 e 12,7 óbitos por 100 mil nascimentos.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística, em 2019, dois terços dos óbitos foram de mulheres na faixa etária dos 25-34, seguindo-se três no grupo 35-45 e uma morte entre os 15-24 anos. Em linha com o registado em 2018: 60% nos 25-34 e 40% nos 35-44. De referir ainda que, nos dois anos em análise, metade dos óbitos ocorreram na Área Metropolitana de Lisboa. Desde o início da década de 90 do século passado que não havia registo de tantas mortes maternas. O máximo tinha sido alcançado em 1991 (14 óbitos), quando Portugal tinha mais de 116 mil nascimentos, contra os 86579 registados em 2019.

Jornal de Notícias, 18 abril 2021

16 de abril de 2021

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