Mortes estão a aumentar desde março

Mortes estão a aumentar desde março

Autoridades de Saúde rejeitam relação com calor mas deixam alertas.

 

No mês de junho morreram 8180 pessoas, mais 368 do que no período homólogo de 2015, mas as autoridades de saúde rejeitam que o número de óbitos esteja relacionado com o calor. No primeiro semestre de 2016, a mortalidade baixou 5,3% face ao mesmo período do ano anterior (menos 3149 óbitos). Os meses de janeiro (menos 23%) e fevereiro (menos 15%) foram os que mais contribuíram para esta redução. Desde março que os valores da mortalidade têm sido superiores aos de 2015.

Apesar de as temperaturas máximas terem estado acima da média dos últimos 30 anos em junho, no ano de 2015 foram ainda mais elevadas. Há registo de duas ondas de calor no mês de junho, esclarece a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Em comunicado, a DGS refere que o número de óbitos observado em junho está dentro dos valores esperados. "A mortalidade ocorre de forma cíclica e com expressão sazonar e está sujeita a diversas variáveis, pelo que apesar das "temperaturas extremas, quer no inverno, quer no verão, terem um potencial efeito negativo na saúde das populações", as comparações "devem ser feitas com médias de vários anos, permitindo leituras dos resultados mais consistentes", sublinha a DGS.

Confrontado com os números à margem de uma cerimónia em Mafra, o ministro da Saúde deixou claro que "do ponto de vista epidemiológico, não está provada a correlação entre o número de idosos que morreram [256 segundo a DGS1 e o calor". E lembrou que "estamos com o calor normal do verão".

Ainda assim, Adalberto Campos Fernandes admitiu que há em Portugal uma população envelhecida, sem condições para ter ar condicionado em casa, a quem recomenda cuidados que passam pela "ingestão de líquidos, pelo arrefecimento das casas e por um acompanhamento do seu estado de saúde".

 

Fonte: Jornal de Notícias, 7 de Julho 2016

7 de julho de 2016

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