É o maior centro hospitalar do país mas não é só no tamanho que faz diferença

É o maior centro hospitalar do país mas não é só no tamanho que faz diferença

Há cinco anos, a reorganização dos hospitais da cidade criou o Centro Hospitalar

Universitário de Coimbra, hoje com 7500 funcionários e a terceira maior empresa da região. Só a conta da luz são 330 mil euros por mês, 75 euros por minuto.

 

Os acessos ainda dizem HUC e Hospital dos Covões, nomes bem conhecidos em Coimbra e no país. Desde sempre (pelo menos na história contemporânea) havia de um lado do Mondego os Hospitais da Universidade de Coimbra e, do outro, o Hospital Geral - em 1971 integrado no Centro Hospitalar de Coimbra. Em 2011, as oito instituições de saúde vinculadas a estas duas unidades de Coimbra foram agrupadas num único centro hospitalar, que se tornou o maior do país. O i esteve um dia no CHUC, o acrónimo de Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra que ainda não entra na toponímia mas aos poucos vai entrando no ouvido. Em muitas áreas, pode ser também sinónimo de futuro.

Já nesta "era" CHUC, criaram o primeiro centro de tratamento de tumores oculares e uma unidade de AVC única no país, que coordena todos os casos graves na região. Mas o trabalho inovador começou antes e promete ganhar fôlego nos próximos tempos: tiveram o primeiro centro de responsabilidade integrada, ideia de gestão que o Ministério da Saúde pretende agora revitalizar. Desde 1988, o centro de cirurgia cardiotorácica fez quase 41 mil operações cardíacas e pulmonares e acabou com listas de espera. Numa sala escondida faz-se investigação de ponta sobre os marcadores do cérebro que ajudam a despistar doenças do século XXI como Alzheimer e Parkinson - ligação entre a assistência a doentes e a ciência que o SNS também pretende reforçar.

Já este ano, foram o centro hospitalar com mais centros de referência reconhecidos no SNS: 14 no total, na área cardíaca mas também na oncologia ou epilepsia. Nos transplantes cardíacos e nos tumores oftalmológicos são os únicos, no primeiro caso por terem o volume anual necessário internacionalmente e, no segundo, por não haver mesmo mais ninguém a operar estes tumores no país. Se este passo visa integrar redes europeias especializadas, no final do ano passado o consórcio que junta o CHUC à Universidade de Coimbra conseguiu integrar a Aliança M8 - uma espécie de G8 da saúde hoje com 17 membros de 13 países - o que permitirá dar escala e projeção mundial a projetos de inovação e investigação.

 

Fonte: jornal i, 11 de Julho 2016

11 de julho de 2016

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