Alexandre Valentim Lourenço reuniu-se, no dia 8 de setembro, com os médicos a USF Cova da Piedade e, mais tarde, da USF Santa Maria do Pinhal e da UCSP de Corroios. Sobretudo na unidade de saúde do concelho do Seixal, os médicos debatem-se com um problema que parece não ter fim à vista. É de 25 mil o número de utentes sem médico de família. Esta população não encontra resposta nos Cuidados de Saúde Primários, por manifesta insuficiência de profissionais.
A situação pode ainda agravar-se mais para os utentes, uma vez que as duas médicas que restam na UCSP de Corroios podem ser transferidas para outra Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados, na mesma área do ACES a que pertencem, ficando assim ainda mais diminuída a resposta aos cidadãos sem médico de família.
O presidente do Conselho Regional do Sul manifestou solidariedade com os médicos de família, que enfrentam naturais dificuldades de dar resposta aos utentes que não fazem parte das suas listas e manifestou a esperança de que os governos consigam aproveitar o elevado número destes especialistas que estão a ser formados.
Só este ano, segundo Alexandre Valentim Lourenço, foram abertas mais de 500 vagas para internato de Medicina Geral e Familiar. Contudo, depois da sua formação, estes médicos não se fixam na carreira pública por terem melhores condições em países como França, por exemplo, ou nas unidades privadas dde saúde.
Se o Serviço Nacional de Saúde tivesse capacidade para manter todos os médicos de família que se especializam, "dentro de cinco anos o problema dos utentes sem médicos de família estaria resolvido", disse o presidente do CRS na reunião.
Alexandre Valentim Lourenço, foi acompanhado, nas duas reuniões, pelo presidente do Conselho Sub-regional de Setúbal, Daniel Travancinha.