Abertura de duas novas salas no início do mês minimizou problemas relacionados com a realização de cirurgias. Atos cirúrgicos diminuíram 50% no primeiro trimestre.
As duas novas salas que entraram em funcionamento no início de julho estão a minimizar parte dos problemas relacionados com a realização de cirurgias, mas o bloco operatório do Hospital de Santarém continua à espera da intervenção de fundo prometida há mais de três anos.
A necessidade de requalificação do bloco foi identificada no verão de 2013, quando se encerraram salas devido aos problemas do sistema de aquecimento, ventilação e ar condicionado, que remontam a1985, ano de construção da unidade hospitalar.
Nos últimos meses, o hospital tem funcionado apenas com metade das salas do bloco operatório disponíveis, o que, a somar à falta de médicos anestesistas e outros especialistas, contribuiu para uma quebra superior a 50% no número de atos cirúrgicos realizados no bloco central no primeiro trimestre.
No final de 2016, a lista de espera do Hospital de Santarém deverá chegar a um total de 4000.utentes, muitos dos quais inscritos para cirurgia há mais de 12 meses.
Estas duas novas salas operatórias, uma para ortopedia e traumatologia e outra de cirurgia geral, foram conseguidas após a pressão exercida por um grupo de 15 chefes de serviço do hospital, que ameaçou demitir-se no final de maio por falta de condições.
O ultimato levou a Santarém o secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, que deu 'luz verde' para o arranque de parte do projeto global de remodelação do bloco operatório, um investimento global que deverá rondar os 5,5 milhões de euros, e para o qual o Governo ainda não arranjou dinheiro.
Fonte: Correio da Manhã, 1 de Agosto 2016