Acesso às urgências só devia ser feito com referenciação

Acesso às urgências só devia ser feito com referenciação

O ex-secretário de Estado da Saúde Francisco Ramos defendeu hoje que devia ser obrigatório a referenciação pela Linha SNS 24 ou pelo INEM para aceder às urgências hospitalares, evitando assim que sejam entupidas como acontecia antes da pandemia.
Para o economista da saúde, é necessário “reforçar muito a capacidade da Linha SNS 24 ou tornar mesmo obrigatória a referência dessa linha ou do INEM [Instituto Nacional de Emergência Médica] para ter acesso à urgência hospitalar”.
“Esta era uma medida bem urgente” para impedir que a porta da urgência funcione como “a entrada normal nos hospitais”, afirmou Francisco Ramos no ‘webinar’ “O SNS e a vigilância epidemiológica após a 1.ª vaga”, promovido pelo Conselho Económico e Social (CES).
O ex-governante defendeu também que esta é uma oportunidade para travar que os profissionais de saúde trabalhem ao mesmo tempo no setor público e privado.
“Esta é uma oportunidade não de recorrer a uma proibição legal de autorização”, mas de fazer “uma simples recomendação oficial para as administrações das entidades públicas de saúde de não autorização de acumulação, de exigência de autorizações justificadas, transparentes e publicitadas”, explicou.
Francisco Ramos admitiu ainda uma “alteração legal de excluir de financiamento público as entidades com profissionais de saúde em acumulação, apenas com exceções muitíssimo justificadas”.

Fonte: Agência Lusa, 14 Maio 2020

14 de maio de 2020

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