Administração interrompe e impede reunião de avaliação de idoneidade no C.Saúde de Lagoa (Açores)

Administração interrompe e impede reunião de avaliação de idoneidade no C.Saúde de Lagoa (Açores)


O presidente do Conselho Regional do Sul denunciou publicamente a atitude da administração do Centro de Saúde de Lagoa, nos Açores, que interrompeu e impediu uma reunião de médicos nas instalações locais.
Jaime Teixeira Mendes falou aos jornalistas, hoje (1 de Junho), num encontro promovido pelo Conselho Regional do Sul, a que preside, e pelo Conselho Médico da Região Autónoma dos Açores, cujo presidente também se associou à iniciativa.
Nesse encontro, o presidente do CRS lamentou a atitude “irresponsável” da administração, que impediu a realização de uma reunião inserida no âmbito de avaliação de idoneidade formativa, e considerou-a “uma atitude própria de um regime de pequenos ditadores a quem o poder sobe à cabeça de uma forma tão cega que impede o discernimento”.
Os administradores do Centro de Saúde de Lagoa, que está integrado na Unidade de Ilha de S. Miguel, entraram “abruptamente” na sala onde decorria a reunião de médicos especialistas do Centro de Saúde, representantes do Colégio da Especialidade de Medicina Geral e Familiar e ainda o presidente do Conselho Regional do Sul e o presidente do Conselho Médico da Região Autónoma dos Açore, Jorge Santos, e impediram a sua continuação.
No encontro com os jornalistas, hoje pela manhã, foi distribuída a seguinte comunicação sobre o caso:

Várias delegações da Ordem dos Médicos estão em trabalho na Região Autónoma dos Açores, em visitas de avaliação de idoneidades formativas. Uma delas na Ilha de S. Miguel, onde desde segunda-feira (30 de Maio) já visitaram vários centros de saúde.
Ontem, 31 de Maio, pela manhã, representantes do Colégio da Especialidade de Medicina Geral e Familiar, o presidente do Conselho Regional do Sul e o presidente do Conselho Médico da Região Autónoma dos Açores iniciaram uma reunião com os especialistas do Centro de Saúde de Lagoa, mas algum tempo depois, abruptamente, o encontro de trabalho foi interrompido pela administração, que invocou a necessidade da sala para solicitar que os participantes na reunião a abandonassem sem que outra alternativa lhes tenha sido colocada.
Este acto, que deve ser assacado à Administração da Unidade de Saúde de Ilha de S. Miguel, é uma irresponsabilidade, para além de um grosseria e uma atitude própria de um regime de pequenos ditadores a quem o poder sobe à cabeça de uma forma tão cega que impede o discernimento.
As visitas de idoneidade são da maior importância para todo o país, uma vez que definirão a curto prazo o número de vagas para a formação de médicos especialistas, que no caso de MGF são em número deficitário quer no Continente quer nas Regiões Autónomas.
O Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos e o Conselho Médico da Região Autónoma dos Açores repudiam esta atitude, da qual fazem a legítima denúncia pública, e apelam ao mais alto responsável da Saúde nos Açores que explique o caso e dê de imediato instruções claras às administrações sobre a importância das visitas de idoneidade.

25 de outubro de 2003

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