Associações de doentes vão ajudar a tornar os medicamentos mais seguros

Associações de doentes vão ajudar a tornar os medicamentos mais seguros

 Utilizadores irão participar na supervisão do setor. No ano passado, em Portugal, doentes notificaram 215 reações adversas.

 

A partir de setembro as associações de doentes vão poder ajudar as autoridades do medicamento de cada país e a Agência Europeia do Medicamento (EMA) a tornar os medicamentos mais seguros. É nessa altura que vão ser implementadas as audiências públicas que vão permitir que todos os cidadãos na União Europeia se envolvam na supervisão dos medicamentos, deem a sua experiência e façam sugestões para alteração das recomendações.

A medida faz parte da legislação de farmacovigilância, que começou a ser implementada em 2012 e cujas primeiras medidas foram a criação da notificação eletrónica de reações adversas e a possibilidade de os utentes também as comunicarem. No ano passado, os doentes portugueses notificaram ao Infarmed 215 reações adversas.

"A lógica é colocar o doente no centro do processo e que este tenha influência na decisão. Será uma mais-valia que irão trazer-nos com as suas experiências. Terão um papel fulcral", diz ao DN Margarida Guimarães, representante do Infarmed no Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância (PRAC) da EMA.

As audiências públicas vão começar em setembro, mas antes o comité fará uma experiência em julho para testar o sistema. "Vamos usar o procedimento de arbitragem que realizamos para os medicamentos usados para a epilepsia e que em Portugal também têm indicação para tratamento de enxaquecas e cefaleias. Foi um caso de sucesso em que as associações de doentes e de profissionais de saúde foram chamadas proativamente a participar no procedimento."

 

Fonte: Diário de Notícias, 20 de Abril 2016

 

20 de abril de 2016

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