Ao frisar que "alguém lucrará com isso", a FNAM entende que o ataque se deve ao facto de as USF produzirem "níveis de satisfação acrescidos nos utentes e nos profissionais".
A FNAM refere-se, em concreto, a uma notícia do Correio da Manhã, onde se lê que "os médicos de família das USF receberam no primeiro semestre deste ano 11,2 milhões de euros como pagamento de incentivos pela realizaçãode 374 099 consultas domiciliárias".
É fácil demonstrar, segundo a FNAM, que as contas, "intencionalmente ou não", estão erradas. Porque os suplementos remuneratórios por domícilio médico "só se aplicam nas USF Modelo B e contemplam um tecto máximo de 20 domicílios/médicos/mês".
Ora, conclui a FNAM, no cenário de todos os médicos de família de todas as USF Modelo B (existem 161, com uma média de 6,9 médicos) terem feito o máximo de 20 domicílios, "o valor máximo seria de cerca de quatro milhões de euros".
Fonte: Diário de Coimbra 06 SET 2012