Avaliador já tinha alertado para riscos neurológicos no ensaio da Bial em França

Avaliador já tinha alertado para riscos neurológicos no ensaio da Bial em França

Relatório da agência francesa do medicamento revela alertas, feitos antes da morte de um voluntário, sobre efeitos secundários.

 

O ensaio clínico que provocou a morte de uma pessoa saudável e a hospitalização de mais quatro voluntários em Rennes (França), em Janeiro passado, volta a ser notícia. O laboratório Biotrial – que conduziu o ensaio de uma nova molécula para a farmacêutica portuguesa Bial – está mais uma vez envolto em polémica, depois de o jornal francês Le Figaro ter tido acesso ao relatório confidencial do inquérito efectuado pela agência francesa do medicamento.

No protocolo do ensaio, a substância testada era apresentada como um “inibidor reversível”, o que explica o facto de ter sido considerada “uma molécula sem grande perigo”. Mas o relatório do inquérito interno da Agência Nacional de Segurança do Medicamento (ANSM) revela que o “avaliador não clínico do ensaio” já tinha alertado para eventuais efeitos secundários neurológicos, tendo em conta as lesões observadas durante a fase de testes em animais. Um alerta que não impediu “o avaliador clínico” da ANSM de concluir que a segurança dos voluntários estava “assegurada neste estudo”, diz o Le Figaro numa notícia publicada no dia 13 de Abril.

 

Fonte: Público, 15 de Abril 2016

15 de abril de 2016

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