Boas razões para trabalhar em Portalegre

Boas razões para trabalhar em Portalegre

Os internos da Sub-região de Portalegre, a cujo Conselho Sub-regional preside Hugo Capote, tiveram a sua sessão de receção, na sede local da Ordem dos Médicos, no dia 17 de abril, num evento que contou com a presença de Paulo Simões, Presidente do Conselho Regional do Sul, e em que dois especialistas apresentaram as razões para se optar pela região para trabalhar.

 

A sala da Ordem dos Médicos de Portalegre encheu-se para a sessão de receção aos internos, que começou com uma apresentação dos novos investimentos na área da saúde na região, que coube a Raul Cordeiro, vogal do Conselho de Administração da recentemente criada ULS do Alto Alentejo.

Esta Unidade Local de Saúde (ULS) recebeu este ano 14 novos médicos internos, alguns para cumprirem o ano de formação geral e outros já no internato de especialidades como psiquiatria, cirurgia, medicina interna e medicina geral e familiar.

Seguiram-se depois intervenções de dois médicos especialistas, que optaram por Portalegre para trabalhar, Beatriz Mourato e Miguel Brito, que falaram sobre esta sua escolha, numa apresentação com o tema «10 razões para trabalhar no distrito médico de Portalegre».

Entre as razões apontadas figuram com destaque a tranquilidade e a qualidade de vida, mas também algumas razões profissionais, como a melhoria das instalações e condições dos serviços de saúde e até o facto de haver oportunidade para desenvolver novas técnicas, como o caso das cirúrgicas, especialidade dos dois palestrantes.

Por seu turno, Hugo Capote, presidente da Ordem dos Médicos de Portalegre, numa intervenção final, sublinhou a importância do evento de receção aos internos, frisando que os novos profissionais são essenciais para “assegurar a renovação das especialidades”.

No entanto, o dirigente alertou para défices significativos no número de especialistas, designadamente na pediatria e ginecologia, onde a situação é critica e está no limite, ou seja, “daqui a muito pouco tempo não vai haver ninguém no quadro”, como advertiu Hugo Capote.

A sessão foi encerrada pelo Presidente do Conselho Regional do Sul, que sublinhou inicialmente a importância que os médicos internos têm para a Ordem e o trabalho que tem sido feito nessa área para melhorar sempre os internatos. “A Ordem tem feito um esforço nos últimos anos nesse sentido, quer na perspetiva de aumentar a capacidade formativa, quer na preocupação de não ser tão acutilante e limitativa naquilo que são as idoneidades dos serviços”, disse Paulo Simões, que admitiu isso não ser fácil, por que “cada Colégio tem uma perspetiva própria, não há uma regra comum”, contudo manifestou a certeza de que “o atual Bastonário tem de ter essa preocupação de tentar uniformizar os critérios gerais”.

O Presidente do CRS defendeu também que “no futuro gostaria de ver programas de formação menos restritivos”, considerando que “o que acontece realmente é que nos programas de formação as pessoas têm de cumprir uma série de etapas e ao fim dessas etapas há alguém a fazer uma checklist para ver se todas as etapas foram cumpridas e, assim, fazer o exame de saída e ser especialista”.

Contudo, Paulo Simões sublinha que há especialidades – e deu o exemplo da Cirurgia Geral, que é a sua própria especialidade – em que os internos chegam ao final com “poucos números”, isto é, com uma baixa taxa de procedimentos cirúrgicos feitos.

A receção aos internos da Sub-região de Portalegre da Ordem dos Médicos terminou com um convívio e jantar num hotel da cidade.

2 de maio de 2024

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