Campanha nas universidades pede dadores de óvulos e espermatozoides

Campanha nas universidades pede dadores de óvulos e espermatozoides

Pela primeira vez em Portugal, associação lança uma campanha de dimensão nacional para recolha de gâmetas. Alvo são estudantes universitários, na idade ideal em termos reprodutivos. Tema ainda é tabu na sociedade.

 

A Associação Portuguesa de Fertilidade (APF) vai lançar pela primeira vez uma campanha junto de universitários a apelar à doação de espermatozoides e óvulos. Uma iniciativa que deverá arrancar já na próxima semana mas que, pela delicadeza do tema, não teve qualquer divulgação pública. É até com notórias cautelas que Marta Casal, da direção desta entidade, responde às perguntas do DN.

A partilha de óvulos e espermatozoides com casais que não podem ter filhos sem esta ajuda continua a ser um tópico difícil de abordar em Portugal. Mesmo para quem o acompanha no dia-a-dia. "Achamos sempre que este é um tema tabu ainda, infelizmente", assume. "Ainda que haja pessoas disponíveis para o fazer, há sempre falhas, falta de informação. Há sempre uma concentração da informação nas clínicas", acrescenta, explicando que foi também por isso que a associação considerou "importante fazer esta campanha".

Para já, nesta campanha, está assegurada a participação das Universidades de Lisboa, Nova de Lisboa e do Porto, três das maiores do país. Um bom ponto de partida: "Muitas universidades não nos deram autorização mas esperamos que possam ainda decidir aderir quando a campanha arrancar", diz.

Os objetivos, para além do óbvio – recrutar potenciais dadores de gâmetas entre uma população que, do ponto de vista reprodutivo, está na idade ideal –, passam também por "ajudar a que as pessoas com dúvidas possam ser esclarecidas. E que saibam aonde recorrer".

 

Fonte: Diário de Notícias, 17 de Abril 2016

 

18 de abril de 2016

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