Rutura de stock também afetou vacina que protege contra o vírus do papiloma humano. Administração Regional de Saúde justifica com acréscimo no consumo.
Vários centros de saúde da região de Lisboa e Vale do Tejo tiveram falhas no fornecimento das vacinas Prevenar – protege da meningite, septicémia, pneumonia, otite e outras doenças – e Gardasil – contra o vírus do papiloma humano (VPH), que causa cancro do colo do útero. A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) admitiu ao CM a falta “pontual” nalgumas unidades devido ao “acréscimo de consumo”.
Ana Maia, mãe de duas crianças gémeas, que iam ser vacinadas com Prevenar, mostra-se ao CM revoltada com a justificação dada pelos profissionais do centro de saúde, que não identifica, para a rutura das vacinas. “Informaram-me que por motivos de orçamento não tinham vacinas e que, se eu a comprasse, eles depois até a administravam no centro de saúde”, salienta Ana Maia.
Ao CM Graça Freitas, subdiretora-geral da Saúde, garante já terem sido “regularizadas as falhas nalguns centros de saúde”. Recusou, porém, o motivo de falta de verbas para justificar a rutura de stock. “As vacinas têm cabimento orçamental no ano anterior”, explica a responsável, acrescentando não haver risco de “saúde pública” pelo adiamento da vacinação. Fonte da ARSLVT afirma ao CM que “todos os agrupamentos têm stock, embora algumas unidades tenham falhas”. Nesse caso, acrescenta a mesma fonte, “as crianças serão convocadas para a vacinação”.
Fonte: Correio da Manhã, 17 de Março 2016