Centros de saúde não conseguem atender telefones. Quebra nas consultas presenciais é de três milhões

Centros de saúde não conseguem atender telefones. Quebra nas consultas presenciais é de três milhões

Os cuidados de saúde primários são a porta de entrada no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e começaram já a retomar a actividade assistencial normal, mas quantas pessoas terão ficado sem acesso por esbarrarem no silêncio do outro lado, quantas terão desistido de tentar telefonar, quantos atendimentos ficaram por fazer?
A resposta a esta pergunta diverge substancialmente se o autor for o Ministério da Saúde (MS) ou se for a Ordem dos Médicos (OM). É uma questão de interpretação porque os dados são basicamente os mesmos.
Na semana passada, a ministra da Saúde revelou na Comissão Parlamentar de Saúde que houve menos cerca de 1,1 milhões de consultas nos cuidados de saúde primários (sendo que, durante todo o ano de 2019, se fizeram 31 milhões de consultas, enfatizou) mas os números que a Ordem dos Médicos (OM) contabilizou, entre Março e Maio (os que estão disponíveis no portal da transparência do SNS), são bem superiores: menos cerca de três milhões de consultas nos centros de saúde do que em igual período de 2019. Dados fornecidos ao PÚBLICO pelo MS indicam que em Junho já houve uma recuperação (ver infograÆa). A explicação para tão uma diferença tão exuberante é simples: o ministério agrega tudo, as consultas não presenciais e as feitas pelo telefone, enquanto a OM só leva em conta a quebra das consultas presenciais; considera que muitos dos atendimentos pelo telefone não terão sido consultas médicas propriamente ditas.

Público, 31 julho 2020

31 de julho de 2020

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