A recuperação de listas de espera tem sido lenta nos hospitais dos Açores. O mais crítico é o de Ponta Delgada com 7698 utentes inscritos.
O programa de produção acrescida de cirurgias, implementado há seis meses permitiu a realização de 375 cirurgias no Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada (HDES). É a única unidade de saúde da Região a ter em curso, desde março, este programa de produção acrescida de consultas, atos cirúrgicos e meios complementares de diagnóstico e terapêutica.
O Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira (HSEIT) vai iniciar o seu programa de produção acrescida, assim que terminarem as intervenções que estão a ser efetuadas no Bloco Operatório daquela
unidade, segundo adianta fonte da Secretaria Regional da Saúde ao Açoriano Oriental.
De acordo com este programa, o conselho de administração das unidades de saúde da Região estabelece com os serviços clínicos uma contratação específica, ficando estes obrigados a manter ou aumentar a produção regular do serviço (os atos realizados em produção acrescida não podem ultrapassar 25 por cento dos atos realizados com o mesmo código, da produção regular do serviço).
Entre janeiro e agosto deste ano, o HDES já havia realizado mais de quatro mil cirurgias (375 pelo programa de produção acrescida), mas em lista de espera, e de acordo os dados relativos ao ultimo mês de
agosto e inseridos no Sistema Informático de Gestão de Listas de Inscritos para Cirurgia dos Açores (SIGLICA) continuam 7698 doentes a aguardar por uma cirurgia. A unidade hospitalar de Ponta Delgada continua ainda longe da meta atingida em 2015, em que naquele hospital foram realizadas mais de 6850 cirurgias.
Fonte: Açoriano Oriental, 13 de Setembro 2016