CHLO reconhece problema com internos

CHLO reconhece problema com internos

No final de uma visita ao Hospital Egas Moniz, onde reuniu com a Administração, vários responsáveis clínicos e de internato, com os internos e visitou vários serviços, o Bastonário, Miguel Guimarães, disse aos jornalistas que a Ordem dos Médicos obteve a confirmação de que iria ser corrigida uma situação “inaceitável”, em que os profissionais em formação trabalham sem a tutela de um especialista. Caso essa correção não se verifique, o passo seguinte pode ser a realização de uma auditoria, com vista à avaliação da idoneidade formativa de vários serviços do CHLO.

A delegação da Ordem que visitou o Hospital Egas Moniz, em que o Presidente do Conselho Regional do Sul, Alexandre Valentim Lourenço, acompanhou o Bastonário, integrou ainda a Presidente do Conselho Nacional do Médico Interno (Catarina Perry da Câmara), o Presidente do Conselho Sub-regional de Grande Lisboa (Anselmo Costa) e representantes dos colégios das especialidades de Reumatologia e de Endocrinologia. Acompanharam também a visita o Secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos, Roque da Cunha, e o Presidente do Sindicato dos Médicos da Zona Sul, João Proença.

O Conselho Regional do Sul recebeu um conjunto de denúncias de irregularidades no cumprimento dos programas de formação, em especialidades como a Reumatologia, a Endocrinologia e a Pneumologia e decidiu programar a visita com o Bastonário, no sentido de pôr cobro à situação.

Alexandre Valentim Lourenço, durante a reunião com a Administração, considerou “inaceitável” que os internos estejam a trabalhar sozinhos, sem qualquer apoio de um especialista, “sem ninguém a quem colocar uma questão ou uma situação mais grave”.

Por seu turno, a Presidente do Conselho Nacional do Médico Interno, também ela interna de especialidade num outro hospital, perguntou à Administração, durante a reunião, se “gostariam de ver um familiar a ser tratado por um interno sem este ter sequer o apoio de um médico mais experiente”.

Miguel Guimarães, que na reunião com os internos assumiu o desejo de ver tudo resolvido em dois meses, no final da visita disse aos jornalistas: "Chegamos a um acordo no sentido de que a situação seja corrigida rapidamente". E explicou que pretende “resolver de forma pacífica e célere esta situação” e evitar a realização de uma auditoria.


8 de agosto de 2018

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