Defender a relação médico-doente

Defender a relação médico-doente

O Bastonário da Ordem dos Médicos pediu à nova Ministra da Saúde que a aplicação dos sistemas informáticos seja feita “a favor da relação médico/doente”, lembrando que metade do tempo de um clínico é despendido no computador.  
Numa lista de vários “desafios” que deixou a Marta Temido na abertura do Congresso, Miguel Guimarães começou por referir que “mais de 50% do tempo é utilizado para estar a escrever no computador ou à procura de uma impressora que funcione”. 
“Isto é verdadeiramente lamentável”, considerou, lembrando que o tempo nas consultas “é valioso” e que os médicos usam grande parte dela em detalhes e problemas dos sistemas informáticos.
Outro dos desafios fundamentais que a ministra Marta Temido enfrenta é, segundo o Bastonário, “uma nova política de contratação”, que rejuvenesça os serviços e as unidades de saúde e que capte os jovens médicos, não os deixando fugir do Serviço Nacional de Saúde. 
“É muito grande o número de jovens médicos que tem abandonado o SNS”, disse Miguel Guimarães, referindo que a atual política de concursos não tem cumprido o objetivo de reter os médicos que terminam a especialidade no SNS, o que seria fundamental para que os serviços tivessem um mais adequado equilíbrio etário.
Sobre os jovens médicos, o bastonário frisou ainda que os 10 mil internos (a receber formação de especialidade) representam já um terço de todos os médicos a trabalhar no SNS.

Na cerimónia de abertura do congresso, cujos trabalhos se dividem entre 26 e 27 de outubro, intervieram, para além de Miguel Guimarães, Alexandre Valentim Lourenço, Presidente Executivo do Congresso, o Vice-reitor da Universidade Nova, José Fragata, a Presidente do Conselho Nacional do Médico Interno, Catarina Perry da Câmara, e a Ministra da Saúde, Marta Temido.



26 de outubro de 2018

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