Sistema de alimentação do Hospital dos Covões, em Coimbra, avariou e gerador alternativo também falhou. Cinco doentes estavam a ser operados.
A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) assumiu, esta semana. que “não instaurou qualquer procedimento relativamente à falha no fornecimento de energia ocorrida no Hospital dos Covões no passado dia 24 de maio”. Este episódio deixou os blocos operatório do Hospital de Coimbra completamente às escuras e os seus equipamentos desligados, obrigando a interromper cinco cirurgias e a cancelar outras marcadas para esse dia, porque a corrente elétrica foi abaixo e os geradores que compõem o sistema de alimentação alternativo não arrancaram.
Apesar da insistência do JN junto da sua assessoria de imprensa, a inspetora-geral das Atividades em Saúde, Leonor Furtado, recusou-se a justificar a decisão de não abrir um inquérito para identificar as causas e as responsabilidades do caso, reputado de muito grave nos corredores do Hospital dos Covões, apesar de não ter chegado a causar a morte a nenhum dos cinco doentes que estavam a ser operados.
Para a administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), que integra os Covões desde 2013, “não há qualquer inquérito” da IGAS porque, justifica, “tratou-se de uma situação que foi restabelecida no mais curto espaço de tempo possível". “Em nenhum momento esteve em causa a segurança dos doentes”, insiste, após garantir que estes não sofreram “nenhuma consequência, à exceção do transtorno causado por via da suspensão do plano operatório”.
Fonte: Jornal de Notícias, 4 de Julho 2016