Em 2020, em vez de portugueses sem médico de família, haverá mais de três centenas de médicos de família sem utentes. As previsões, avançadas pelos dirigentes das estruturas sindicais que representam os médicos, servem para fundamentar uma das principais reivindicações, a diminuição da lista de utentes dos médicos de família de 1900 para 1550.
Tendo em conta a conclusão dos internatos (formação na especialidade) dos jovens médicos de família e as aposentações previstas para os próximos anos, em 2020 haverá 317 sem vaga no Serviço Nacional de Saúde.
Os representantes dos ministérios das Saúde e das Finanças alegam que não podem aceitar esta reivindicação enquanto houver portugueses sem clínico assistente nos centros de saúde — e ainda são cerca de 800 mil os cidadãos que estão nesta situação.
Fonte: Público, 19 agosto 2017