Em maio, havia 12 mil pessoas a participar em diferentes fases da investigação
No ano passado, a Autoridade Nacional do Medicamento - Infarmed recebeu 137 pedidos de autorização de ensaios clínicos, a maioria na área da oncologia, e 123 tiveram luz verde. Em maio, havia 12 mil pessoas envolvidas em diferentes fases da investigação.
Os doentes aceitam participar voluntariamente porque podem aceder a medicamentos inovadores numa fase precoce do seu desenvolvimento, o que representa uma esperança, sobretudo quando sofrem de doenças sem cura. “O doente tem acesso a substâncias que permitem curar ou, pelo menos, parar a progressão de uma doença, o que lhe dá uma esperança e uma qualidade de vida muito maiores”, diz Catarina Resende de Oliveira, diretora da Unidade de Inovação e Desenvolvimento (UID) do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC). Ali realizam-se ensaios de fases 2 e 3, em que a substância é testada em doentes a que se destina, e pontualmente de fase 4, pós-comercialização, para confirmar a efetividade e a segurança na vida real. No próximo ano, deverão arrancar testes de fase 1, que testam a segurança de substâncias em pessoas saudáveis.
Fonte: Jornal de Notícias, 7 de Março 2016