Entrevista a José Roquette

Entrevista a José Roquette

Articulação com privados evitará gastos desnecessários

 

José Roquette, atual Presidente do Conselho Clínico do Grupo Luz Saúde, foi Diretor Clínico do Hospital da Luz Lisboa desde a sua fundação há 13 anos e tem uma vasta experiência no setor privado e público da Saúde, como médico, dirigente e responsável clínico. Hoje, prevê um futuro sombrio para a Saúde em Portugal, que terá de enfrentar custos cada vez mais elevados sobretudo por causa dos desenvolvimentos tecnológicos no setor. Mas vê também soluções, as quais têm, naturalmente, de passar pelos prestadores privados e por uma melhor articulação da esfera pública, para se evitarem gastos desnecessários com duplicações de meios. É também um produtor de vinho na sua exploração no Alentejo que adverte: “Devemos olhar com atenção para os ciclos da natureza”.

 

Medi.com – Como vê a evolução da Medicina nestas décadas que leva de médico?

José Roquette – Ao longo destes anos, assistimos a uma evolução tecnológica muito marcada, que transformou a medicina clínica numa medicina de imagem, de laboratório, de meios complementares de diagnóstico. Acho que se perdeu um pouco da experiência da relação direta médico-doente.

Não sei ainda qual vai ser o futuro, por causa da influência crescente que a inteligência artificial está a ter na nossa atividade clínica. Por isso, esta questão da relação médico-doente é crucial. Esta perspetiva humanística da Medicina nunca deve ser esquecida.

Eu tive a felicidade de acompanhar o crescimento e o desenvolvimento da Cirurgia Cardíaca em Portugal, trabalhando com um homem notável, o Prof. Machado Macedo, e hoje em dia sinto que os jovens, os colegas que começam agora a sua formação, precisavam de experienciar mais esta perspetiva clínica. Sinto que o que está a acontecer é uma fuga cada vez maior para a “segurança” dos meios complementares de diagnóstico, perdendo-se um pouco esta relação do médico com o doente.

As alternativas tecnológicas que têm surgido são muito animadoras, quer para os doentes quer para os profissionais, mas têm que ser vistas como complementaridades clínicas.

 

MC – O futuro não estará já todo encaminhado, ou acha que alguma possibilidade de manter o valor efetivo da relação médico-doente?

JR – Estamos a falar de sistemas de apoio à prática médica e é nesse pressuposto que devem ser entendidos. Falar com o doente, explicar ao doente quais são as alternativas, os procedimentos, que tipo de intervenções cirúrgicas ou terapêuticas e o modo como podem ser concretizadas, nada disto pode ser substituído por uma atividade puramente tecnológica. Depois de estabelecermos um diagnóstico predominantemente assente numa perspetiva clínica, iremos complementá-la com meios de diagnóstico.

A relação médico-doente está a perder-se, mas tem que ser recuperada. E um dos aspetos mais evidentes da importância desta relação médico-doente é a forma como o doente interpreta e se entrega a uma solução que não seja humana. É que as pessoas precisam de acreditar em alguém, procuram sempre uma pessoa em quem possa confiar. Essa pessoa é o médico, que procuraram e escolheram para os acompanhar na sua doença.

 

MC – Já há sistemas, comprovadamente, que chegam a diagnósticos mais fiáveis do que os médicos, designadamente na área da Dermatologia. Como é que isto se coaduna depois com essa ideia que tem?

JR – Mais uma vez digo que esses meios devem servir para nos orientar, para nos apresentarem propostas diagnósticas, as quais são, necessariamente, confirmadas ou não pelo médico. O médico tem sempre a ultima palavra, não a máquina.

 

MC – Portanto, vê o futuro da Medicina assim?

JR – Exatamente. Muita tecnologia a apoiar a decisão médica, a decisão terapêutica e até a servir de apoio a alguns procedimentos cirúrgicos. Repare, já há um grande recurso a tecnologia robótica em algumas áreas cirúrgicas, onde há vantagens clinicamente estabelecidas e comprovadas. Mas esta técnica não serve a tudo.  

Além disso, também me parece que, na fase de formação, o que se deve fazer é o tradicional. As mudanças são significativas e proporcionam ao doente uma melhor atuação terapêutica, com menos tempo de hospitalização, por exemplo. Mas temos de continuar a saber resolver os problemas, usando todos os recursos que temos ao nosso dispor. Afinal, nem sempre uma complicação surgida após cirurgia laparoscópica ou robótica se resolve usando essas mesmas técnicas cirúrgicas...

 

MC – Que conselho daria hoje aos jovens internos da sua especialidade, que vão usar essa tecnologia toda?

JR – A mudança que aconteceu no caso concreto da cirurgia cardíaca transformou alguns dos procedimentos que anteriormente eram feitos por via cirúrgica. A área da cirurgia cardíaca tem tido uma evolução significativa e os procedimentos simples passaram a ser feitos maioritariamente por cardiologistas invasivos, pediátricos ou de adultos. A cirurgia cardíaca acaba por se dedicar mais a outras patologias mais complexas. Nesse sentido, aconselhava a que fizessem treino em centros de referência, com experiência e cirurgiões conceituados, mas que pudessem também ter uma experiência no estrangeiro. Desse modo, poderiam acompanhar com mais proximidade todo o desenvolvimento na área da cirurgia cardíaca ou nas outras áreas de especialidades médicas ou cirúrgicas.

 

MC – E porquê no estrangeiro?

JR – Não estou a sugerir que, aqui, fazemos menos bem do que no estrangeiro. Nada disso. O que quero dizer é que uma experiência formativa lá fora é relevante se for possível concretizá-la em centros com dimensão e experiência. O nosso problema é só esse: nem sempre conseguimos, porque somos um país pequeno naturalmente, conseguir ter essa dimensão. Aproveito, já agora, para dizer que a concentração de experiência e conhecimento em centros de referência, entre nós, é uma solução de louvar, que deve ser sempre estimulada, pois permite obter melhores resultados em termos de qualidade e de aprendizagem.

 

MC – Entende que ir a centros internacionais garante uma casuística maior, é por isso?

JR – Sim, certamente. A minha experiência foi essa: a passagem por centros internacionais foi muito relevante porque tive oportunidade de lidar com técnicas inovadoras e acompanhar de perto todo o processo de desenvolvimento dessas técnicas, que pude depois introduzir na minha atividade em Portugal. Hoje em dia, é claro que encurtou significativamente o tempo que demoram a chegar cá todas essas inovações, mas não deixa de existir ainda um certo delay. Por isso, insisto sempre que deve fazer parte da formação médica o contacto e a passagem por um qualquer grande centro de referência internacional.

 

MC – Mas como acha que é possível em Portugal termos capacidade para garantir todas essas tecnologias?

JR – Como é sabido, as novas tecnologia têm custos elevados, não só na área cirúrgica na sua globalidade, mas também numa área crucial, de enorme impacto futuro, que é a área oncológica. Na verdade, não sei como haverá capacidade e recursos para acompanhar e pagar tudo o que está a acontecer na Medicina...

 

MC – Deve haver uma contenção de alguns custos para evitar que a situação fique insustentável? É um assunto difícil de enfrentar por causa da pressão social… não lhe parece?

JR – Do ponto de vista ético, o médico está confrontado com ele no dia-a-dia.  Mas a questão coloca-se sobretudo ao nível dos procedimentos fora do normal, extraordinários, aos quais se dá sempre muita visibilidade mediática e que, naturalmente, as pessoas exigem. Nesse sentido, a necessidade de entidades credíveis do ponto de vista científico, que possam avaliar seriamente as inovações, na verdade é cada vez mais premente.

 

MC – Vamos ao Serviço Nacional de Saúde. Como vê a evolução nestes 40 anos? E como vê o futuro no plano dos custos e da sustentabilidade e da evolução da Medicina?

JR – O SNS é uma das grandes vitórias da nossa democracia. Isso é inquestionável. Antes do SNS, não tínhamos uma cobertura integral do país, em termos assistenciais e de cuidados de saúde. O problema é que, neste momento, não sei se ainda temos esse SNS. Há listas de espera enormes para determinados procedimentos, mesmo dos mais simples, como a cirurgia às cataratas – patologia que cria dificuldades concretas na vida das pessoas. Podemos dizer quase o mesmo sobre as listas de espera para cirurgias mais complexas. E até na área oncológica há um tempo de espera relativamente grande em algumas regiões.

Por outro lado, pretendia-se inicialmente que o SNS fosse totalmente gratuito. Hoje, sabemos que isso é impossível porque os recursos são escassos e as necessidades cada vez maiores. A verdade é que a existência do SNS criou expectativas e abriu a porta para exigências de tratamento que, sendo muito respeitáveis, podem ser muito difíceis de cumprir. Por isso, entendo que o SNS atual terá sempre de evoluir para um Sistema Nacional de Saúde, onde as atuais potencialidades das instituições privadas devem ser inequivocamente aproveitadas. Não se justifica que, havendo unidades privadas já capazes de proporcionar aos doentes respostas clínicas altamente complexas, não possam articular-se com o sistema público, evitando-se duplicação de investimentos e de custos. Tudo isto deveria ser encarado de forma menos política e ideológica e mais de forma científica e no interesse dos cidadãos e do país.

 

MC – O que defende é, eventualmente, quando o tempo de espera não é aceitável ou desejável, que o Estado deveria convencionar com os privados a solução para esses doentes?

JR – Isso já é feito. O que acho é que devíamos dar um passo mais à frente. Se há unidades privadas onde as possibilidades diagnósticas e de tratamento são superiores àquelas que existem no serviço público, a opção do país, do Sistema Nacional de Saúde, devia passar por eles. E falo especialmente nos meios complementares de diagnóstico. Nessa área em particular, o setor privado pode e deve ter uma intervenção de maior impacto. Repare: o SNS não está a prestar um bom serviço, se pede a uma pessoa de Beja que vá ser tratada em Vila Nova de Gaia ou em Barcelos, só porque os hospitais daquela região não dão resposta ao problema.

 

MC – Mas como é que o Estado deveria articular isso com os privados?

JR – Deveria criar-se uma solução parecida com a ADSE, um tipo de seguro onde as pessoas pudessem, com aquilo que descontam, ter acesso a opções de serviços no setor privado. É transformar as soluções que existem hoje, como os SIGIC e programas semelhantes, na perspetiva de permitir uma maior liberdade de escolha.

 

MC – Vamos então ao sistema na sua globalidade. Acha que hoje Portugal tem o número de médicos necessário para dar resposta à população?

JR – Tenho ideia que o problema é a diferença significativa entre o litoral e o interior. Creio que há um problema de ‘má distribuição’ dos médicos pelas diferentes regiões do país e o que se tem tentado fazer é resolver esse problema com incentivos remuneratórios. Não creio que seja essa a melhor forma de o conseguir...

 

MC – Já todos percebemos que os privados têm cada vez mais peso. No futuro ainda terão mais?

JR – Quando o Hospital da Luz abriu, há 12 anos, o número de portugueses com seguros de saúde era baixíssimo. Depois, por diversas razões, direta e indiretamente ligadas ao crescimento da oferta no setor privado, esse número aumentou substancialmente. Hoje, temos 40% da população portuguesa coberta com seguros de saúde ou subsistemas.  E a perspetiva é que cresça ainda mais. Ora, há uma enorme responsabilidade do SNS nesta situação. Na perspetiva dos profissionais de saúde, não se percecionou que aquilo que existia nos hospitais públicos – as carreiras, o ‘amor à camisola’, a preservação de uma certa cultura de escola e de mentores – devia ser acarinhado; ao contrário, gradualmente foram sendo destruídos esses valores, levando os próprios profissionais, os médicos em particular, a procurar soluções alternativas; quanto aos doentes, percebem que estão a lidar com serviços públicos cada vez mais degradados e profissionais descontentes e, também por isso, estão a optar cada vez mais por fazer seguros, que hoje nem são especialmente caros, para poderem ter liberdade de escolha.

E não tenham ilusões! Se alguns dos programas de cobertura de saúde desaparecerem – no caso concreto, a ADSE –, o Serviço Nacional de Saúde vai sofrer muito!

 

MC – A ADSE não se prevê que desapareça…

JR – Mas pode cair-se na tentação de insistir num modelo que, em vez de ser win/win em que ambos os lados ganham, é completamente desequilibrado para os prestadores privados. Espero, pois, que o processo de negociação que está em curso evolua para um entendimento de aproximação e colaboração.

 

MC – Vamos agora aos aspetos mais centrados em si. O que foi a Cirurgia Cardíaca para a sua vida e que peso tem hoje?

JR – Foi a descoberta de uma especialidade em que não se pode falhar. O meu mestre foi o Prof. Machado Macedo, que desbravou toda essa área em Portugal. Quando eu comecei, em 1974, apercebi-me que era uma área em pleno crescimento, em que já se antecipavam coisas muito importantes e inovadoras. Participar em todos esses processos inovadores teve, por isso, uma imensa relevância na minha formação e na minha carreira. É uma especialidade para a qual tem de se ter uma apetência especial: além dos aspetos técnicos, o nosso trabalho na Cirurgia Cardíaca depende muito do apoio de outras especialidades, como a Cardiologia, a Cardiologia Pediátrica, a Medicina Física e Reabilitação, a Pneumologia, a Imunoalergologia, entre outras, e portanto é muito envolvente.

Eu trabalhava numa espécie de paraíso, que era o Hospital de Santa Marta. Foi uma experiência fantástica. Ter conhecido o Prof. Machado Macedo, tê-lo acompanhado nesses tempos, ter vivido todas essas experiências com ele, foi extraordinário. Qualquer jovem interno idealizava, então, ter como mentor uma personagem como ele. Foi muito marcante na minha vida, não só por aquilo que me ensinou diretamente na prática cirúrgica, como por aquilo que me ensinou para a vida. Estou eternamente grato a este grande senhor da Medicina portuguesa!

 

MC – Nessa vivência com Machado Macedo sentiu que ele estava consciente da evolução rápida que as coisas iam ter?

JR – Estava muito consciente disso. Ele ia a todos os congressos internacionais, acompanhava de perto tudo o que estava a acontecer lá fora – até porque falava fluentemente quatro línguas: espanhol, francês, alemão, inglês... Lembro-me de um episódio, em particular. Naquela altura, aos sábados íamos ao hospital e fazíamos reuniões de equipa. Certo dia, ele tinha acabado de chegar de Inglaterra e trazia um frasquinho na mão. Disse-nos que aquilo ia revolucionar a Cirurgia Cardíaca.

Ora, aquilo era um soluto cardioplégico, que permitia que o coração ficasse completamente parado durante os procedimentos cirúrgicos , sem risco de não retomar o batimento. Hoje em dia, como se sabe, não há nenhum procedimento com circulação extracorporal em que não se utilize a cardioplegia. Os solutos melhoraram, apareceram outros novos, mas foi, de facto, esse o momento de viragem nessa matéria.

 

MC – Já falou do Santa Marta, sentia também aquele famoso espírito dos Hospitais Civis de Lisboa? O que era afinal?

JR – Os Hospitais Civis de Lisboa eram uma grande escola. Uma escola médico-cirúrgica inigualável! Não deve ter havido, em nenhum momento no nosso País, tanta qualidade clínica e cientifica num mesmo local como nessa altura, nos Civis.

Eram um centro com todas as condições para ser de primeira qualidade de ensino; vivia-se ali o espírito de carreira, uma enorme vontade de querer crescer e aprender. Havia homens de enorme qualidade, como todos os diretores de serviço, gente de craveira intelectual, científica e humanística de enorme valor, que nós, os mais jovens, queríamos igualar e cujo exemplo procurávamos seguir. Para um jovem interno, ir trabalhar para os Hospitais Civis de Lisboa era poder entrar dentro de uma sociedade médica de excelência.

 

MC – Mas hoje isso já não existe?

JR – Infelizmente, perdeu-se. Por múltiplas razões. Mas hoje sinto que os jovens médicos têm uma preocupação muito maior com a vida fora da sua profissão do que nós tínhamos. Nós queríamos fazer uma carreira, víamos a profissão como algo muito exigente e sabíamos que, se queríamos singrar, tínhamos que ser muito rigorosos connosco próprios.

 

MC – Aconselharia os mais novos a voltarem a essa dedicação?

JR – Não. Creio que este é um processo irreversível. E até com alguma lógica, porque a vida e as circunstâncias de hoje são diferentes. Aquilo que nos atrai para a Medicina mudou substancialmente. Mas também vejo alguns jovens colegas que se dedicam a sério à sua vida profissional, porque querem singrar, querem fazer formação, querem doutorar-se... Portanto, não perco as esperanças. Os portugueses podem estar descansados, porque há gente de enorme qualidade, mais nova, que está a fazer a sua formação. Alguns deles estão a fazê-la nos hospitais privados.

 

MC – Acha que se olha pouco para os privados e o seu papel na formação de internos de especialidade?

JR – Devia olhar-se mais para os privados, nesse campo. Quando comecei a falar com a CEO da Luz Saúde, a engenheira Isabel Vaz - que muito me marcou - sobre a construção do projeto do Hospital da Luz, disse-lhe que era essencial que houvesse ensino e investigação. As entidades privadas que no passado eram relevantes caíram por falta disso. Ora, os Hospitais da Luz Saúde têm condições para fazer formação e estão a fazê-la, em conjunto com as faculdades. A própria Ordem dos Médicos percebeu que tínhamos condições para idoneidade formativa num número significativo de especialidades. É verdade que esperámos para ter essas idoneidades, mas veio a provar-se que a nossa formação médica pós-graduada era de ótima qualidade. Afinal, os nossos internos têm ficado entre os mais bem classificados nos exames das suas especialidades.

É por isso que defendo que esta formação tem que ser entendida, pelo próprio Estado, como uma mais-valia, devendo perceber-se que os hospitais privados estão em pé de igualdade com as unidades públicas nesta questão.

 

MC – Vamos a outra dimensão da sua vida, a da produção vitivinícola. Que papel tem esta área hoje para si?

JR – Já teve um papel mais relevante... Mas depois apercebi-me de que o tempo que ali despendia estava a prejudicar a minha vida profissional. Continuo, no entanto, a ir com muita frequência ao Alentejo.

 

MC – E até tem por lá atividade política…

JR – Tenho muito gosto em ser Presidente da Assembleia Municipal de Fronteira, concelho onde tenho a minha exploração vinícola. Há 24 anos que aquela população me escolhe para esse cargo.

 

MC – A sua atividade veio com a atração que sente pelo Alentejo?

JR – Gosto muito do campo. Tinha oito anos quando fui pela primeira vez ao Alentejo e senti-me logo muito atraído por tudo aquilo. Já adulto, e com a colaboração do meu primo, dono do Esporão, transformei radicalmente uma exploração que tinha, passando-a do tradicional sequeiro para uma exploração com regadio e, depois, com uma opção pela vinha. Foi um momento importante da minha vida, que vi também como uma preparação para o meu futuro.

 

MC – Tem mais projetos para a sua exploração?

JR – Neste momento, atingi uma plataforma de estabilidade. Não creio que venha a crescer muito mais.

 

MC – E para além dessa atividade, tem hobbies?

JR – Gosto muito de ler. Não consigo adormecer sem ler. E ouço música clássica com muito agrado. Jogo golfe e também ando de bicicleta... Mas definitivamente é o golfe que me prende.



8 de novembro de 2019

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