Equipas VMER deixam de transferir doentes

Equipas VMER deixam de transferir doentes

Transporte inter-hospitalar só em casos excecionais e as urgências têm de reforçar escalas de enfermeiros.

 

A partir de agora, as equipas das viaturas médicas de emergência e reanimação (VMER) do INEM só podem fazer transporte de doentes entre hospitais em "situações excecionais devidamente fundamentadas". E dentro de três meses, os hospitais com ambulâncias de suporte imediato de vida (SIV) integradas nas urgências têm de ter dois enfermeiros afetos ao serviço de urgência e outro para tripular o meio de emergência. Duas situações denunciadas recentemente pelo JN, corrigidas num despacho do Ministério da Saúde publicado no dia 13 de Abril em Diário da República.

Em fevereiro, o JN noticiou que as equipas das VMER estavam a ser cada vez mais usadas no transporte de doentes entre hospitais, pondo em risco o socorro a vítimas graves em casa ou nas ruas. Nos últimos três anos, os transportes com recurso a estas equipas aumentaram 30%, segundo dados então cedidos ao JN pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

O despacho vem agora determinar que é o hospital que tem de disponibilizar uma equipa clínica (médico e, quando aplicável, também enfermeiro) para acompanhar o doente durante o transporte para outro hospital. "Em situações excecionais devidamente fundamentadas, na salvaguarda do superior interesse do doente, e em que o recurso a uma VMER não comprometa a assistência pré-hospitalar diferenciada, designadamente por existirem alternativas na área, pode o transporte ser efetuado por uma VMER, por decisão do CODU [Centro de Orientação de Doentes Urgentes)", pode ler-se no despacho.

 

Fonte: Jornal de Notícias, 15 de Abril 2016

15 de abril de 2016

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