Faltam anti-retrovirais

Faltam anti-retrovirais

Em Janeiro a Sábado noticiou o racionamento da terapêutica para VIH na Madeira. Em Abril, a situação repetiu-se. Há quem diga que lhe sugeriram a suspensão da medicação. O problema está a ser "gradualmente" resolvido, dizem as autoridades.

 

O tom da denúncia, feita a 20 de Abril no slte do Grupo Activistas em Tratamento (GAT), é desesperado: "Mais uma vez, o Hospital do Funchal encontra-se sem medicação antiviral desde o dia 13."

"Revolta-me que várias pessoas tenham de ter a saúde prejudicada desta forma e que nada mude." Este utente refere- se a outras falhas, registadas desde 2014 na terapêutica de quem tem VIH.

 À SÁBADO, o Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM) admite que têm existido dificuldades no fornecimento, pelo que os serviços "optaram pelo fraccionamento das quantidades a todos os doentes, de modo a reduzir ao máximo a interrupção terapêutica", mas que, a 22 de Abril, já só faltava um dos medicamentos e que tudo se está a solucionar "gradualmente". O mesmo ocorreu em Janeiro, como noticiou a SÁBADO. Os comprimidos foram então racionados para 3 ou 10 dias, em vez dos supostos 30. 0 SESARAM assegura que "em alguns casos foi proposto pelo médico assistente a terapêutica de substituição". Contudo, uma outra queixa no site do GAT refere que nem essa medicação existia. Pedro Silvérlo Marques, coordenador do Centro Antidiscriminação do GAT, alerta para "as consequências desastrosas para o controlo da evolução da infecção". E para a grave sugestão feita a outro paciente: que Interrompesse a medicação. "Só pode ser entendida como resposta desesperada de quem não tem capacidade para resolver o problema", diz.

 

Fonte: Sábado, 28 de Abril 2016

28 de abril de 2016

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