O livro Angeli Medici, de Carlos Mota Cardoso, em que, segundo o próprio autor, "a figura do médico resultou edificante", por "obra da excelência do trabalho clínico prestado" durante a fase da pandemia, foi apresentado na Ordem dos Médicos, que apoiou a edição da obra, com a presença do bastonário, Miguel Guimarães, e do presidente do Conselho Regional do Sul, Paulo Simões.
A sessão de apresentação teve lugar na Biblioteca Histórica da Ordem dos Médicos, partir das 19h00, e contou também a presença de Carlos Cortes, que foi eleito bastonário nas eleições de 16 de fevereiro e tomará posse do cargo no próximo dia 15 de março.
Mota Cardoso aborda a pandemia, numa prosa entre a realidade e a ficção, cronologicamente datada desde o início de Março de 2020 até ao final do inverno de 2022, naturalmente em março.
Annabela Rita, professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, foi apresentando a obra com o recurso à leitura de excertos, cujo tempo ia avançando, enquanto Filipe Froes - coordenador do Gabinte de Crise da Ordem dos Médicos -, por seu turno, sublinhou o que se viveu durante a pandemia.
O presidente do Conselho Regional do Sul destacou a atividade literária a que muitos médicos se dedicam e a importância de escrever sobre o período da pandemia e o empenho dos médicos nesse período.
Miguel Guimarães, na introdução que escreveu para o livro refere um trecho em que se questiona quantos médicos terão sofrido o horror da pandemia e morrido no cumprimento do seu dever. e responde: "Não sabemos quantos exatamente. Mas sabemos que todos eles viverão para sempre nestas páginas e na nossa memória".