Hospitais não estão preparados para pico forte de gripe

Hospitais não estão preparados para pico forte de gripe

Número de casos de gripe nas urgências aproxima-se do último pico. As consultas nos centros de saúde e chamadas para a Linha SNS 24 estão muito abaixo das registadas em 2017.
Nos últimos dias de Dezembro, já se registava uma percentagem de diagnósticos de gripe, síndrome gripal e infecções respiratórias no total de urgências hospitalares em Portugal Continental próxima dos valores alcançados no último pico. A 25 de Dezembro de 2018 foram 15% do total de episódios urgentes. Em 2017, também nesse dia, tinham sido 16% dos diagnósticos. O surto prolongou-se até Fevereiro deste ano.
Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos, não tem dúvidas: “Se houver um pico grande, a maioria dos hospitais não está preparada.” E acrescenta que “os serviços que os hospitais disponibilizam são, na grande maioria, os que já oferecem nos outros meses, o que significa que caso haja um pico de gripe, os doentes vão ficar mais tempo à espera — nomeadamente os que têm prioridade amarela e laranja, que são os mais complicados”. As dificuldades, sublinha, serão “mais notórias nos hospitais que já têm problemas neste momento”.
Este ano, há uma complicação adicional: a greve dos enfermeiros agendada para o período entre 14 de Janeiro e 28 de Fevereiro. Mesmo sendo limitada aos blocos operatórios, “mexe com tudo”, diz o bastonário. Uma vez que “diminui a capacidade de resposta dos serviços”, todo o hospital é afectado.

Fonte; Público, 31 de dezembro 2018

2 de janeiro de 2019

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