Médicos transmontanos deslocados para o Algarve

Médicos transmontanos deslocados para o Algarve

Ortopedistas mobilizados para o litoral no verão para evitar que braços partidos em Lagos tenham de ser tratados em Lisboa.

 

Uma aluna do Ensino Básico sofreu uma fratura num braço, numa escola de Lagos e teve de ser operada no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, porque, no dia em que sofreu o acidente, não havia ortopedistas de serviço nos dois hospitais do Algarve (Faro e Portimão). A criança teve de suportar uma viagem, em ambulância, de cerca de 600 quilómetros (300 para cada lado) para ser tratada.

Para evitar casos destes; vários médicos foram deslocados, nas últimas semanas, de Trás-os-Montes para o Algarve para suprir as lacunas sentidas nos hospitais da região. A notícia seria boa, não fosse o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro um dos mais carenciados do país, como comprova um despacho, publicado esta semana em Diário da República, que identifica as necessidades dos serviços.

O episódio passou-se há poucas semanas, mas não foi caso único, conforme apurou o JN. "A segunda e sexta-feira não havia ortopedistas de serviço e houve pessoas com pernas partidas e outros problemas não graves a irem de ambulância para Lisboa", contou, ao JN, João Dias, clínico do Hospital de Faro e secretário regional do Algarve do Sindicato Independente dos Médicos (SIM).

O mesmo quadro é confirmado por Rogério Bacalhau, presidente da Câmara de Faro. "Há gente que tem de ir para Lisboa por um simples dedo partido. Isto não pode acontecer. São casos que têm enormes custos materiais e pessoais. As pessoas têm de ser tratadas na região e dentro do Serviço Nacional de Saúde", observa o autarca.

 

Fonte: Jornal de Notícias, 13 de Julho 2016

13 de julho de 2016

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