Serviços mínimos de Saúde serão garantidos. Sindicato espera adesão superior a 70%.
Quem tem cirurgia marcada para hoje (29 de Julho) muito provavelmente verá a intervenção adiada, por falta de enfermeiros. Para o segundo dia de greve, desta vez nacional, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) espera uma adesão superior a 70%, aquela que se verificou nas greves distritais. Ontem, os trabalhadores do setor da saúde também estiveram em greve, com uma adesão que rondou os 80%, segundo a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, tendo obrigado ao adiamento de cirurgias programadas e consultas de norte a sul do país.
Entre as principais reivindicações estão a reposição das 35 horas semanais de trabalho para todos, o pagamento de horas extraordinárias e a admissão de mais trabalhadores. Assistentes operacionais, assistentes técnicos, técnicos de diagnóstico e terapêutica e técnicos superiores de saúde entraram em greve à meia-noite de ontem, tal como os enfermeiros de cinco distritos – Viana do Castelo, Braga, Castelo Branco, Santarém e Faro. Hoje, a greve dos enfermeiros é nacional.
Ao DN, Guadalupe Simões, do SEP, adiantou que a adesão dos enfermeiros nos três turnos e nos cinco distritos foi de 70%."É uma excelente greve. A expectativa é que amanhã [hoje] estes números possam vir a melhorar", refere. De uma maneira geral, foi nas consultas externas e nos blocos operatórios que se notou mais o impacto, uma vez que os serviços mínimos foram assegurados. Quanto às motivações, Guadalupe destaca a aplicação das 35 horas semanais aos enfermeiros com contratos individuais de trabalho e a admissão de mais profissionais: "Em Braga, há enfermeiros a fazer 70 horas por semana."
Fonte: Diário de Notícias, 29 de Julho 2016