Médicos têm novas armas para prever que doentes correm mais riscos

Médicos têm novas armas para prever que doentes correm mais riscos

O vírus é sempre o mesmo - o Sars-cov-2 - mas a gravidade da infeção que ele provoca difere muito entre os doentes: uma esmagadora maioria é mesmo assintomática ou tem apenas sintomas ligeiros, mas uma pequena percentagem desenvolve uma forma grave da doença, e alguns doentes acabam mesmo a morrer. Como distingui-los logo de início para uma intervenção médica mais precisa?
Alguns estudos já dão resposta a esta questão. Um deles foi publicado esta segunda-feira na revista Nature por uma equipa de médicos e investigadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, e mostra como alguns sinais precoces na resposta imunitária dos doentes são indicativos de uma diferentes evolução da doença.
Um outro, de investigadores do King's College de Londres, tipifica pela primeira vez seis tipos de sintomatologia sob os quais a covid-19 pode manifestar-se, e que são já preditivos da evolução da infeção.
A enorme disparidade entre os doentes quanto à evolução e o desfecho da infeção pelo Sars-cov-2 tem muito a ver com as vulnerabilidades de cada uma das pessoas. Por isso os novos dados que chegam da comunidade científica e que permitem estimar logo de início quais os doentes que poderão ter uma forma grave da doença podem ser decisivos para uma intervenção médica mais rápida e eficaz.
Foi exatamente o que conseguiu a equipa da Universidade de Yale, que identificou alguns desses sinais de risco precoces.
A equipa, que foi coordenada por Akiko Iwasaki, do Instituto Howard Hughes daquela universidade americana, estudou a resposta imunitária de mais de cem doentes e conseguiu definir alguns sinais muito iniciais que ajudam, justamente, a estimar a gravidade da infeção e a identificar os doentes que estão em maior risco.

DN online, 29 julho 2020

29 de julho de 2020

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