O Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos manifesta um profundo pesar pelo falecimento de António José Barros Veloso, um médico que prestigiou a Medicina e se distinguiu em múltiplos campos da cultura e do saber.
Aos 95 anos de idade, faleceu um vulto prestigiado da Medicina, especialista em Medicina Interna, fez a sua carreira nos Hospitais Civis de Lisboa, onde se distinguiu como uma referência na sua área de especialidade e granjeou enorme prestígio, tendo exercido as funções de Diretor de Serviço.
Foi Presidente da Sociedade Médica dos Hospitais Civis de Lisboa e da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, sócio fundador da Federação Europeia de Medicina Interna. A Universidade NOVA de Lisboa distinguiu o seu percurso exemplar atribuindo-lhe o título de Doutor Honoris Causa, numa cerimónia realizada em maio do corrente ano.
Barros Veloso prestigiou também a Ordem dos Médicos, onde foi vogal do Conselho Disciplinar Regional do Sul entre 1987 e 1989, e presidente da Mesa da Assembleia Regional do Sul, de 2011 a 2013.
Na cultura e no saber distinguiu-se pela sua paixão pela música. Autodidata, tal não impediu de se tornar um exímio pianista de jazz e uma referência do Hot Club Portugal. Foi, igualmente, um especialista em azulejaria portuguesa, tendo publicado quatro livros nesta área.
É autor do livro «Medicina. A arte e o Ofício »e coordenador e coautor do livro «Medicina do Corpo, Medicina do Espírito: 50 anos de Medicina Interna». Foi ainda co-editor do livro «Médicos e Sociedade: Para uma História da Medicina em Portugal no século XX» em parceria com Luiz Damas Mora e Henrique Leitão.
O Conselho Regional do Sul apresenta à família sentidos pêsames na certeza de que um vulto como Barros Veloso não deixa um vazio, porque a sua obra em vida perdurará por muitos e longos anos.