OM Oeste recebeu internos

OM Oeste recebeu internos

O Conselho Sub-regional do Oeste da Ordem dos Médicos, a que preside António Curado, realizou a sessão de receção aos internos da Sub-região no dia 22 de abril, na sua sede em Caldas da Rainha. A sessão contou com a presença do Bastonário e do Presidente do Conselho Regional do Sul e uma palestra de Filipa Fixe sobre inteligência artificial.

O Presidente do Conselho Sub-regional do Oeste, António Curado, abriu a sessão, saudou os internos presentes e falou sobre o propósito de a Ordem na sua Sub-região “discutir assuntos que sejam abrangentes a todos os médicos”, o que considerou ser o caso da sessão de receção aos internos, em que foi escolhido um tema “bastante interessante e atual”.

Filipa Fixe, diretora executiva da área de Cuidados de Saúde e Tecnologia da KPMG, foi a palestrante convidada para a sessão de receção aos internos da Sub-região do Oeste, em que abordou o tema «Inteligência Artificial na Medicina».

Para a especialista nesta área, “a Medicina é claramente um espaço onde se pode utilizar cada vez mais o nosso telemóvel em vez de ficarmos apenas pela sua utilização diária”. E nesse contexto considerou que “a tecnologia permite reunir um conjunto de dados” que depois é possível utilizar em favor dos cidadãos nas instituições de saúde, quer na fase de diagnóstico quer de tratamento.

Filipa Fixe defendeu que há um desafio importante a responder.  “O tratamento dentro das instituições de saúde, particularmente quando falamos de hospitais diferenciados, deve ser o mais curto possível e altamente especializado, mas depois a saída para casa deve ser feita com máxima celeridade possível, desde que haja a capacidade de monitorizar as pessoas à distância”, referiu.

O Presidente do Conselho Regional do Sul, que interveio no final da palestra de Filipa Fixe, considerou o tema “muito interessante” e recordou que o próximo congresso da Ordem dos Médicos, que decorrerá em novembro em Lisboa organizado pelo Conselho Regional do Sul, terá como tema a inteligência artificial, abordando os subtemas “o direito, o trabalho, a educação e a revelação”.

Paulo Simões advertiu também para “um problema fundamental” que é “a proteção de dados e aquilo que a inteligência artificial nos exige, que é cada vez mais dados para alimentar essa capacidade de análise”. No congresso, também este aspeto ser discutido, tal como questões éticas”, disse.

Para o dirigente, o assunto tem a maior atualidade e levanta “tantas questões quanto aquelas maravilhas que nós observamos e que nos deslumbram, nos vêm trazer um pouco a imaginação de algo que nos ultrapassa”. Na verdade, disse, “a inteligência artificial pode-nos trazer muito dessa realidade, com o problema sempre premente de que não podemos esquecer a questão da equidade”.

O Bastonário da Ordem dos Médicos fechou a sessão de receção aos internos

E abordou a importância das perspetivas que se abrem com a inteligência artificial, mas ressalvou o importante aspeto da relação médico-doente. “Os aspetos éticos ligados às novas tecnologias para nós, médicos, são absolutamente fundamentais”, disse Carlos Cortes, ressalvando, contudo, que “a relação médico doente é que é o pilar da Medicina”.

“Temos de encontrar caminhos para a inteligência artificial, estas novas tecnologias terem o seu espaço, mas os médicos manterem o que é essencial na profissão, que é a relação com o doente”, concluiu.

 

29 de abril de 2024

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