O Bastonário da Ordem dos Médicos e o Presidente do Conselho Regional do Sul, Carlos Cortes e Paulo Simões, estiveram no Hospital Dona Estefânia, onde visitaram o serviço de urgência e falaram com a administração e direção clínica sobre os problemas que afetam este hospital, integrado na Unidade Local de Saúde São José, e tendo em vista "ajudar a procurar soluções".
A visita, guiada pela diretora do serviço, Catarina Diamantino, decorreu hoje, 16 de outubro, e nela participou também Luís Campos Pinheiro, adjunto da direção clínica da ULS e igualmente membro do Conselho Regional do Sul.
A Ordem dos Médicos quer ajudar a apresentar soluções" que contribuam para resolver os problemas, disse Carlos Cortes, que manifestou estar "extremamente preocupado com o futuro" do Serviço Nacional de Saúde. Como contributo "muito importante" que a Ordem pretende dar o mais rápido possível, o dirigente apontou "a reformulação das equipas mínimas de urgência" e reforçou a ideia de que "o SNS está numa situação cada vez mais delicada" e defendeu sem hesitações que cabe ao SNS "continuar a ser o pilar disto tudo".
Já Paulo Simões considerou, na reunião com a administração e a direção clínica, que se é certo que a Pediatria vive momentos difíceis, não é menos verdade que em todo o lado "os serviços de Medicina estão um caos" e que o grande objetivo deve ser a criação de um modelo que "ponha as pessoas a trabalhar em rede", independentemente do nome que se der a este modelo de organização.
Luís Campos Pinheiro assinalou a importância de a Ordem dos Médicos fazer estas visitas, porque, para além do peso que tem no contexto da Saúde, é uma forma de os médicos se sentirem mais apoiados.
A delegação da Ordem dos Médicos visitou a seguir a Maternidade Alfredo da Costa, onde também se faz sentir de forma aguda o défice de médicos e uma forte pressão permanente, com os encerramentos frequentes de urgências de Obstetrícia nos hospitais da área de Lisboa.