Ordem visitou serviço de Anestesiologia do HGO

Ordem visitou serviço de Anestesiologia do HGO

O Presidente do Conselho Regional do Sul, Paulo Simões, acompanhou o Bastonário da OM na visita ao Hospital Garcia de Orta. Os dirigentes reuniram-com a administração e com os médicos, numa unidade em que o défice de anestesiologistas é preocupante.

O conhecimento do retrato complicado do serviço de Anestesiologia do Hospital Garcia de Orta motivou a visita, dia 27 de março, de uma delegação da Ordem dos Médicos ao local, que esteve também reunida com o Conselho de Administração do hospital e com médicos anestesiologistas, atualmente 11, dos quais oito são internos, no sentido de saber como ajudar a melhorar os problemas, assentes, principalmente, na escassez de recursos humanos e na comunicação.

“O objetivo da Ordem dos Médicos é vir cá, falar com os colegas e contribuir para encontrar e desenvolver um ambiente de serenidade e ajudar a resolver os problemas”, afirmou o Bastonário, Carlos Cortes, que liderou a delegação,  acompanhado pelo Presidente do Conselho Regional do Sul, Paulo Simões, e o Presidente do Colégio da Especialidade de Anestesiologia, António Marques, que realçou a “postura construtiva e positiva” da Ordem durante a visita.  

O dirigente do CRS concluiu que existem dois problemas principais assentes em conflitos internos, “entre a anterior e a atual Direção do serviço”, e constrangimentos com outros serviços, na medida em que “para os anestesistas as suas opiniões não são respeitadas” durante a atividade hospitalar. Paulo Simões alertou também para a elevada quantidade de médicos tarefeiros no hospital Garcia de Orta, que preenchem “cerca de 70% dos recursos humanos”.

Neste sentido, o Presidente do Conselho Regional do Sul tentou transmitir uma mensagem de esperança aos médicos com que reuniu, assegurando que a Ordem dos Médicos “vai procurar sensibilizar” quem deve dar uma resposta “para a necessidade de melhorar” a situação.

Durante a reunião com o Conselho de Administração do hospital que integra agora a Unidade Local de Saúde Almada/Seixal, o Diretor Clínico informou a Ordem de que o agravamento dos problemas locais motivou uma mudança de Direção do serviço de Anestesiologia, “há menos de um mês”, e levou também ao encerramento de blocos operatórios.

Com Célia Xavier a assumir atualmente o cargo diretivo, Henrique Santos explicou que embora as limitações existentes a unidade mantém-se a funcionar “dentro dos moldes normais”. A dirigente alertou para o facto de as complicações verificadas na especialidade terem também impacto nos médicos internos, que querem ver a situação resolvida para poderem exercer uma Medicina de qualidade.

Sobre a recente ocupação do cargo por parte de Célia Xavier, o Bastonário da Ordem dos Médicos referiu que é necessário algum tempo para a situação acalmar e seguir-se o caminho correto dar resposta às dificuldades que caracterizam, neste momento, a Anestesiologia do hospital da ULS Almada/Seixal.

Por seu turno, o diretor do serviço de Cirurgia Geral e adjunto do Diretor Clínico, também presente na reunião com a Ordem dos Médicos, alertou para a dimensão global dos problemas, embora estes tenham, de facto, um forte impacto no hospital de Almada. “Há uma questão constante em todo o país, que é a falta de anestesistas. O Garcia de Orta tem sido um espelho com uma grande ampliação de imagem”, apontou. Ainda assim, Carlos Luz mantém a esperança de que a situação vai ser resolvida.

Na reunião com a Ordem e o Conselho de Administração estiveram também presentes o Presidente da Mesa de Assembleia Sub-Regional de Setúbal, também médico cirurgião no hospital de Almada, Daniel Travancinha, e a diretora do internato médico, Ana Glória.  

28 de março de 2024

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