Nas conversações que a Ordem tem desenvolvido com o Ministério da Saúde, "o Governo não tem revelado respeito pelos médicos", afirmou o Bastonário da Ordem dos Médicos, para quem é natural que se encontrem formas de lutar contra os problemas que os afetam.
Contudo, Miguel Guimarães, o último dos dirigentes a falar da mesa da reunião, antes da fase de debate, apesar de reconhecer que se atravessa uma fase difícil, referiu que jamais os médicos se comportarão ignorando as necessidades dos doentes. "Nós somos médicos e temos deveres para com a sociedade", afirmou.
Antes, no início da sessão, o Presidente do CRS, anfitrião da reunião, tinha explicado que se vão seguir mais duas sessões deste tipo, em Coimbra (dia 20) e no Porto (dia 25), para "fazer uma avaliação do atual momento que se vive na saúde em Portugal e particularmente na Medicina".
Alexandre Valentim Lourenço disse, na ocasião, que "para já, a Ordem está a fazer a auscultação pública dos médicos que vivem este período difícil para depois tentar fazer a bissetriz de várias opiniões sobre a situação política e as implicações que tem e posteriormente também para a Ordem, os sindicatos e outras estruturas médicas poderem concertar ações na defesa de toda a classe".