Petição para reduzir duas horas de trabalho, lançada pela Ordem dos Médicos, já reuniu sete mil assinaturas.
Em apenas dois dias, a petição da Ordem dos Médicos (OM) que pede a redução de duas horas nos horários de pais com filhos até 3 aos anos conseguiu as assinaturas suficientes – tem quase o dobro das exigidas – para baixar a discussão no Parlamento. Apesar do sucesso da iniciativa, o bastonário da OM, José Manuel Silva, apela a mais assinaturas: "A rápida adesão foi urna surpresa e apelamos para que mais pessoas assinem." Até para ser uma medida de estímulo ao aumento da natalidade.
O bastonário da OM entende que "era de toda a justiça e interesse desencadear uma petição pública para obrigar à discussão na Assembleia da República (AR). É um direito jurídico e não apenas algo que se tem direito por apresentar um atestado médico". E que pode ser usado tanto pelo pai como pela mãe. E conseguiu, sob o título "Petição pelo direito à redução do horário de trabalho para amamentação/acompanhamento de filhos até aos 3 anos, em duas horas diárias, por parte de um dos progenitores". Isto, independentemente de a criança ser amamentada ou não.
Foi lançada no último sábado e, em 24 horas, atingiu as quatro mil assinaturas exigíveis para que vá ao Parlamento. A meio da tarde de ontem já ultrapassava as sete mil. "Esta adesão significa que as pessoas acham importante e construtiva, e é mais urna medida de estímulo à natalidade, cuja taxa é baixa", afirmou o bastonário da OM.
Segundo José Manuel Silva, "Portugal já é um dos países mais envelhecidos e a população pode reduzir nos próximos anos para seis milhões de pessoas". O que, entende, "vai causar graves problemas em termos de sustentabilidade económica e demográfica e até na Segurança Social".
Fonte: Diário de Notícias, 19 de Abril 2016