Portalegre precisa desesperadamente de médicos

Portalegre precisa desesperadamente de médicos







O dirigente e o Presidente do Conselho Sub-regional, Jaime Azedo, acompanharam o Bastonário da Ordem dos Médicos numa visita ao Hospital de Portalegre, no dia 25 de fevereiro, onde se reuniu com a Administração e, mais tarde, com todos os médicos do hospital, primeiro, e com os internos da formação específica, logo a seguir.

O Presidente do Conselho Regional do Sul lamentou que as regras não ajudem “à contratação de médicos e à autonomia dos serviços” e também que se esteja a gastar muito dinheiro na contratação de empresas de fornecimento de quadros médicos, “em vez de usar esse dinheiro para pagar dignamente as horas aos próprios profissionais do quadro do hospital”.

Na reunião, sublinhou que o panorama é quase desesperado: “A pediatria tem quatro médicos no quadro, todos eles com idade de não fazer urgência, todos fazem. A ginecologia/obstetrícia tem dois médicos em idade de reforma, prolongam os contratos para continuarem a trabalhar”
“Este é um dos hospitais que mais contrata serviços médicos avulso, que são médicos que vêm de outras regiões, estão aqui um dia e vão embora, não estabelecem laços nem continuidade de serviços”, lamentou.
O Presidente do ,Conselho de Administração admitiu na reunião com a delegação da Ordem que a situação é má, mas considera que não tem alternativa para contratar de outra forma.

Os médicos da ULSNA, na reunião, advertiram que estavam a atingir a exaustão, designadamente os internistas, que suportam um serviço com 42 camas de internamento e ainda a urgência e o SO, para além das inúmeras camas de internamento que têm espalhadas por vários serviços.

O Bastonário da Ordem considerou que os seus colegas do Hospital de Portalegre estavam “em sofrimento ético”, uma vez que não podem deixar de tratar os doentes ainda que não tenham condições para o fazer.
“Isto causa uma perturbação imensa, causa uma depressão enorme nas pessoas, causa problemas graves, causa, de facto, uma desmotivação muito grande”, sublinhou Miguel Guimarães.



25 de fevereiro de 2019

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