Daniel Travancinha focou o seu discurso de tomada de posse nos problemas que afectam o Serviço Nacional de Saúde e as unidades da Sub-região em particular. "A fuga dos jovens especialistas do serviço público, as roturas constantes em vários serviços com destaque para as urgências hospitalares e as acrescidas dificuldades de acesso dos doentes aos cuidados de saúde de que necessitam foram o pano de fundo em que decorreu o mandato anterior", disse o Presidente do Conselho Sub-regional que sublinhou o empenho dos dirigentes no acompanhamento da situação e apontou "para o novo mandato três ideias-chave - colaboração e intransigência, dignificação da classe, reabilitação da relação médico-doente".
O Presidente do Conselho Regional do Sul, por seu turno, manifestou a sua disponibilidade para colaborar com os dirigentes sub-regionais numa área "muito desestruturada" em termos de organização dos cuidados de saúde e defendeu por isso que "os centros de saúde e os hospitais precisam de uma ampla reforma na forma como trabalham, para preservar as equipas de excelência desta região". Quanto ao apoio do Conselho Regional do Sul, Alexandre Valentim Lourenço considerou que a disponibilidade é total, seguindo os aspectos mais sensíveis pouco antes designados pelo Presidente do Conselho Sub-regional.
O Bastonário fechou a cerimónia de tomada de posse sublinhando "o trabalho magnífico que a Sub-região de Setúbal tem feito pela Ordem dos Médicos" e apontou, nessas circunstâncias a defesa que tem feito pela "valorização" dos médicos nos hospitais e centros de saúde.