Privados recusam fazer colonoscopias

Privados recusam fazer colonoscopias

Europacolon denuncia falta de cumprimento dos convencionados com o Ministério da Saúde. Associação de doentes alerta para a necessidade de rastreio de base populacional.

 

Das 37 entidades que integram, desde setembro de 2015, a rede de convencionados com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) para a realização de colonoscopias com sedação, na área de Lisboa e Vale do Tejo, nenhuma está a cumprir o acordado com o Governo. Quase metade (16) não está a aceitar marcações. As restantes 21 ultrapassam o prazo máximo definido (21 dias), sendo que seis só aceitam exames para daqui a seis meses.

Segundo Vítor Neves, presidente da Europacolon - Apoio ao Doente com Cancro Digestivo, há outro problema que se coloca aos utentes: a maior parte das clínicas “só aceita a inscrição presencialmente”.

Em causa estão clínicas e outras entidades localizadas em Leiria, Caldas da Rainha, Torres Novas, Nazaré, Alcobaça e Barreiro. “Não se entende porque é só na região de Lisboa e Vale do Tejo que há problemas no acesso às colonoscopias. Apesar do acordo, as dificuldades mantêm-se”, refere.

Um rastreio foi anunciado este mês pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, para ser feito até ao final do ano. “Há nove anos que lutamos por um rastreio ao intestino de base populacional, que permitirá salvar vidas”, afirma Vítor Neves. O CM solicitou um esclarecimento do Ministério da Saúde, mas não foi possível.

 

Correio da Manhã, 14 de Março 2016

14 de março de 2016

Categorias

Categorias

Arquivo de Notícias

Arquivo