Problemas no HDES precisam de ser corrigidos

Problemas no HDES precisam de ser corrigidos

O Bastonário da Ordem dos Médicos e o presidente do Conselho Regional do Sul, acompanhados pela presidente do Conselho Médico da Região dos Açores, reuniram-se com a administração do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, a 24 de agosto, para abordarem os problemas que os médicos daquela unidade têm relatado nos últimos tempos, que precisam de ser corrigidos.

Esta foi a reunião final de um programa que começou no dia 22, ao fim do dia, quando Miguel Guimarães e Alexandre Valentim Lourenço se reuniram com a direção do Conselho Médico dos Açores – a que preside Margarida Moura – e a seguir com os médicos do HDES na sede regional da Ordem.
No dia seguinte, 23, pela manhã, a delegação da OM teve uma audiência com o presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, em que foi também discutida a situação no HDES, cuja administração tem estado sob fogo cerrado dos médicos, particularmente no diz respeito à falta de comunicação de que os profissionais particularmente se queixam.
Em conferência de imprensa no final da reunião com o Conselho de Administração do HDES, a que preside a médica Cristina Fraga, o bastonário da Ordem dos Médicos defendeu que o conselho de administração do Hospital de Ponta Delgada “tem condições para continuar”, mas disse ser necessário corrigir alguns “problemas” na gestão da unidade.
“Algumas coisas têm de ser corrigidas ou devem ser corrigidas” para que o dia-a-dia no hospital e a atividade médica “possa acontecer de forma serena e tranquila”, declarou. Miguel Guimarães ressalvou contudo que a Ordem não interfere em “decisões sobre conselhos de administração” dos hospitais.
O bastonário considerou ainda que a Ordem dos Médicos encontrou “boa recetividade” da parte da administração, na reunião que durou cerca de duas horas, e disse acreditar que existe “espaço suficiente” para o conselho de administração continuar em funções “desde que haja bom senso”.
E sublinhou: “Quando digo ‘desde que haja bom senso’ é desde que não haja interferências externas que podem ser prejudiciais. Acho que existe espaço para as coisas se resolverem e, quanto mais depressa se resolverem, melhor”.
O bastonário disse existirem “problemas” internos no hospital de Ponta Delgada que foram relatados na reunião com os médicos, a 22 de agosto, e nas diversas queixas que têm chegado à Ordem dos Médicos.
“Existem de facto alguns problemas que têm a ver com a questão da comunicação, com a questão da informação e com a questão do diálogo. São três questões importantes para uma estrutura funcionar de forma mais célere e de forma mais motivadora”, apontou.
Miguel Guimarães, que se referiu também à reunião com o presidente do Governo Regional, destacou que a Ordem tem “disponibilidade para ajudar” a encontrar “consensos” na unidade de saúde. “Transmitimos, quer ao senhor presidente do Governo Regional, quer à senhora presidente do conselho de administração, que a Ordem dos Médicos está disponível para ajudar a encontrar um caminho que leve ao respeito que os médicos merecem e têm de ter”, afirmou.
O bastonário realçou ser necessário existir uma “maior proximidade entre os médicos que trabalham no hospital e as pessoas que têm neste momento a missão de liderar” aquela unidade de saúde, sob pena de começar a haver problemas para as condições de assistência aos doentes.
No dia 22, após a reunião com o presidente do Governo dos Açores, Miguel Guimarães tinha já sublinhado a importância de potenciar o diálogo entre os clínicos e a administração do Hospital de Ponta Delgada.
As divergências internas no HDES foram assumidas pelo próprio presidente do Governo Regional, que em 22 de julho defendeu ser necessário "trabalhar em diálogo" para transformar os “desentendimentos de circunstância” entre a administração e os trabalhadores do Hospital de Ponta Delgada num “entendimento estrutural”.

25 de agosto de 2021

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